Autárquicas
CDU da Figueira da Foz admite ter perdido votos pelo “fenómeno Santana Lopes”
A candidatura da CDU liderada por Bernardo Reis à Câmara da Figueira da Foz assumiu hoje que não teve “surpresa de maior” nos resultados que alcançou nestas eleições autárquicas, mas admitiu ter perdido votos pelo ‘fenómeno Santana’.
“É óbvio que a CDU não está satisfeita com o resultado da noite passada. Mas convém lembrar que não nos assiste surpresa de maior nesta matéria”, reagiu a coordenação local do PCP num comunicado escrito.
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A perda de 1.015 votos para a Câmara, por comparação aos resultados das eleições de 2017, foi justificada com o “fenómeno Santana Lopes”.
Em relação a outros órgãos autárquicos, os comunistas “lamentaram a perda de eleitos em freguesias e de um mandato na assembleia municipal”, onde a CDU passa de dois para um eleito.
Em relação ao movimento independente ‘Figueira a Primeira’ encabeçado por Pedro Santana Lopes, os comunistas lembraram que o antigo primeiro-ministro e presidente da Câmara da Figueira da Foz entre 1997 e 2001 “falhou a maioria absoluta que dava como garantida”, alterando-se assim a situação existente vantajosa que teve em 1997.
E “é minoritário na assembleia”, o que lhe “complica” a governação em “assuntos de maior envergadura”, tendo conquistado “apenas” duas freguesias.
Na análise dos resultados eleitorais, o PCP atribuiu a derrota do PS a “alguma arrogância de que usou e, por vezes, abusou e por opções políticas incompreensíveis”, exemplificando com “obras que consumiram muito do erário público, descaracterizaram espaços emblemáticos e se apresentaram de duvidoso gosto”.
O movimento “Figueira a Primeira” (FAP), de Pedro Santana Lopes, venceu as eleições autárquicas de domingo na Figueira da Foz, com 40,39% dos votos, segundo os dados do Ministério da Administração Interna.
Apurados os resultados nas 14 freguesias do concelho, o FAP obteve 40,39% dos votos e quatro mandatos. Em segundo lugar ficou o PS, com 38,39% dos votos e também quatro mandatos. O PSD ficou em terceiro lugar, com 10,83% e um mandato, e a CDU 2,68% sem mandatos.
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