Coimbra
CDU considera inaceitável encerramento de dois balcões da CGD em Coimbra
A CDU de Coimbra considerou hoje inaceitável o fecho de dois balcões da Caixa Geral de Depósitos (CGD) na cidade e considerou que o encerramento é muito lesivo dos interesses dos cidadãos e dos utentes.
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“O argumento de que há outros balcões próximos não colhe, porque já hoje as pessoas passam muito tempo no atendimento no edifício central e, naturalmente, todos estes clientes vão ter de ser servidos no mesmo espaço”, disse Francisco Queirós.
O dirigente comunista e vereador no município de Coimbra, que participou hoje numa ação de protesto, manifestou ainda preocupação com a deslocalização dos funcionários dos balcões da avenida Sá da Bandeira e da rua Ferreira Borges para longe das suas residências.
“Um banco público tem obrigatoriamente de fazer serviço de proximidade. Estamos a falar de muitos e muitos aposentados, que recebem as suas aposentações nos vários edifícios da CGD e que, muitas vezes, estão horas e horas para receber a sua pensão e que vão ficar muito mais prejudicados”, sublinhou.
Segundo Francisco Queirós, o encerramento dos dois balcões, que se encontram no “coração da baixa e da alta” de Coimbra, não constava da lista oficial da CGD, pelo que a CDU “tinha de denunciar”.
Para o autarca, esta é mais uma ação que “prejudica os comerciantes da baixa que utilizam este balcão [Ferreira Borges] e é lesivo para o pequeno comércio e para os cidadãos de Coimbra”.
Para Manuel Pires Rocha, candidato a deputado pela CDU nas últimas eleições legislativas, “é bom que se diga aos Governos que gerir bem serviços públicos é gerir o público, não é servir uma casta de administradores”.
“O fecho destas agências é um insucesso público, é um mau ato de gestão e é preciso, de uma vez por todas, que se diga que confundir gestão com poupança é coisa que já fez Salazar com ricos resultados”, ironizou.
De acordo com o músico, “gerir bem é servir bem e o encerramento é servir mal”.
Num panfleto distribuído na rua Ferreira Borges, em frente ao balcão a encerrar da CGD, a CDU considerou que a Caixa “tem obrigação de prestar aos cidadãos um serviço de qualidade e proximidade”.
“A CGD ao serviço do desenvolvimento do país não pode apenas atender aos critérios do lucro”, lê-se no documento, que apela “ao não encerramento” dos dois balcões
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