O vereador eleito pela CDU vai assumir pelouros no executivo da Câmara de Coimbra, que a coligação Juntos Somos Coimbra conquistou com maioria absoluta, anunciou hoje o novo presidente do município, José Manuel Silva.
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Apesar de ter maioria absoluta no executivo, a coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS-PP/NC/PPM/A/RIR/VP) convidou o vereador eleito pela CDU, Francisco Queirós, para “ficar no executivo a tempo inteiro, assumindo alguns pelouros, com diferenças relativamente ao executivo” anterior (liderado pelo PS), afirmou José Manuel Silva, durante o seu discurso, após a cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos do município.
Questionado pelos jornalistas, Francisco Queirós esclareceu que irá assumir os pelouros da agricultura, alimentação e hortas urbanas, jardins e espaços verdes, bibliotecas e arquivos e vai manter o serviço médico veterinário (no passado, tinha habitação social, desenvolvimento social, gestão do parque habitacional municipal e promoção da habitalidade), remetendo mais informações para uma conferência de imprensa marcada para terça-feira.
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Durante a sua intervenção, o novo presidente da Câmara de Coimbra realçou que o regimento das reuniões do executivo “irá ser mais democrático” e que na Assembleia Municipal pretende “introduzir medidas inovadoras, nomeadamente promovendo, todos os anos, antes da sua aprovação definitiva no executivo, uma reunião extraordinária da Assembleia para debate livre, aberto e consequente sobre o orçamento e as GOP [Grandes Opções do Plano], regressando posteriormente, conforme a Lei, para a sua votação formal”.
“A democracia ampla e o debate de ideias e propostas são a base da cidadania e do desenvolvimento”, frisou.
No discurso, José Manuel Silva anunciou que o seu primeiro despacho enquanto presidente da Câmara de Coimbra será cumprir com a decisão do júri do concurso para o cargo de diretor do Departamento Jurídico do município, nomeando a candidata Joana Filipa oliveira, pelo período de três anos.
Em 2020, o antigo presidente do município, Manuel Machado (PS), decidiu não homologar a decisão do júri do concurso, considerando, segundo o jornal local Campeão das Províncias, que Joana Filipa Oliveira não era detentora do perfil mais adequado.
“A cultura do mérito, da legalidade e responsabilidade, orientadora da ação dos titulares dos cargos dirigentes […], passará a ser uma constante da nossa vida, nomeadamente no procedimento de seleção e de provimento dos cargos dirigentes”, realçou o novo presidente.
Já na terça-feira, José Manuel Silva referiu que vai ter um almoço e reunião de trabalho, ainda que informal, com o reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, salientando que esse é um sinal de abertura da Câmara e de vontade em potenciar uniões e sinergias.
No decorrer do discurso, o novo presidente do município voltou a afirmar que assumirá como prioridade tornar a Câmara de Coimbra “numa organização eficiente e sem papel”, desburocratizando e tornando mais transparentes os processos camarários.
Outra das prioridades centra-se na atração de investimento, avançando que o executivo que lidera já começou a marcar reuniões com investidores e empresários por forma a promover uma “moderna reindustrialização” do concelho.
“Espera-nos algo quiçá superior aos doze trabalhos de Hércules, pelo que pedimos a vossa indulgência durante os primeiros dois anos da nossa governação, até porque, por falta de tempo útil, só o Orçamento e as GOP para 2022/23 refletirão a nova e fervilhante filosofia CulTec para Coimbra”, disse.
José Manuel Silva encabeçou a coligação (PSD/CDS-PP/Nós, Cidadãos!/PPM/Aliança/Rir/Volt) que conquistou a Câmara de Coimbra, com maioria absoluta, impedindo a reeleição de Manuel Machado para um terceiro mandato.
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