Coimbra
CDS quer que Governo esclareça a atribuição de donativos e fundos às vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande
O CDS-PP requereu hoje a presença urgente do ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, na Assembleia da República para prestar todos os esclarecimentos sobre a atribuição de donativos e fundos às vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande.
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“Dia 22 de agosto, a TVI emitiu uma reportagem resultante de uma investigação, na qual se revelam factos preocupantes e que colocam sérias dúvidas relativamente à atribuição e aplicação de fundos e donativos às vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande”, referem os centristas no requerimento, a que a agência Lusa teve acesso.
Para o CDS-PP, este “é um assunto de extrema gravidade e sobre o qual é urgente e imprescindível obter todos os esclarecimentos por parte do Governo”.
Por isso, o grupo parlamentar requer “a presença urgente” do ministro Adjunto na Comissão de Agricultura e Mar, na qual funciona o grupo de trabalho sobre a floresta portuguesa e os incêndios, considerando que esta audição deve acontecer “na primeira oportunidade, no recomeço dos trabalhos parlamentares”.
O CDS-PP lembra ainda que desde há vários meses que “vem manifestando a sua preocupação relativamente à disponibilização e aplicação dos fundos e donativos destinados às vítimas dos incêndios de 2017, nomeadamente o de Pedrógão Grande”, tendo questionado o Governo várias vezes quer por escrito, quer em audições parlamentares.
Entre os esclarecimentos que os centristas pretendem que Pedro Siza Vieira preste estão o fundamento das notícias e “o envolvimento em alegadas irregularidades, ou não, de elementos com responsabilidades na gestão do Fundo Revita”.
Outras perguntas que o CDS-PP espera que o ministro Adjunto responda no parlamento são se o Ministério Público já foi informado e está a desenvolver alguma diligência.
O grande incêndio que deflagrou em 17 de junho de 2017, em Escalos Fundeiros, concelho de Pedrógão Grande, e que alastrou depois a concelhos vizinhos, provocou 66 mortos e 253 feridos, sete deles com gravidade, tendo destruído cerca de 500 casas, 261 das quais habitações permanentes, e 50 empresas.
Há dois meses, eram dez os arguidos, todos pessoas singulares, no inquérito relacionado com os incêndios de Pedrógão Grande, de acordo com a Procuradoria-Geral Distrital de Coimbra.
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