A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, defendeu hoje que tem “a democracia-cristã como eixo da roda”, conciliando-a com a sua postura pragmática para “chegar a todos” com propostas, porque “a doutrina não se proclama”, “põe-se em ação”.
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“Que não haja qualquer dúvida: o meu CDS é o CDS que tem a democracia-cristã como eixo da roda – e a expressão é do professor Adriano Moreira -, e assume-se como a casa do centro e da direita em Portugal, a casa das liberdades, juntando conservadores e liberais. Este é o meu CDS”, defendeu Assunção Cristas.
Na sua primeira intervenção ao 27.º Congresso do CDS, em Lamego, apresentando a moção, a líder assumiu ser pragmática porque quer “chegar a todos” e não ser um partido de “nicho”.
“Sabendo, sim, que a doutrina não se proclama, mas põe-se em ação, enformando as nossas propostas concretas. Nunca na minha vida, como mulher, mãe, professora, advogada, ou agora presidente do partido, nunca absolutamente nunca, prescindi de valores, de ideais e de inspiração”, declarou.
“Mas, para mim os valores não são para estar numa qualquer prateleira ou vitrina: têm que ser colocados em prática, têm de ser postos na rua, em ação, têm de chegar a todos. Meus amigos, estamos na política por todos e para todos”, sublinhou.
Assunção Cristas assegurou não esquecer nem o programa, nem a história do CDS, mas advertiu: “Não me peçam, por um segundo que seja, que me perca em discussões e esqueça de quem precisa de ajuda, de orientação, de apoio, para subir na vida e dar um melhor futuro aos filhos”.
“No dia em que nos esquecermos disso, deixaremos de ser um partido, trairemos certamente a memória de Adelino Amaro da Costa e não honraremos a presença de Adriano Moreira”, argumentou.