Política

CDS-PP com objetivo de aumentar eleitos em clima de contestação interna

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 10-09-2021

O CDS-PP concorre a 251 nas autárquicas de 26 de setembro, das quais 116 em listas próprias, comem com o objetivo declarado de aumentar o número de eleitos, numa altura de contestação interna.

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De acordo com o presidente do partido, Francisco Rodrigues dos Santos, o CDS-PP apresenta candidaturas em 251 municípios, das quais 116 em nome próprio e 135 são coligações, maioritariamente com o PSD.

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Francisco Rodrigues dos Santos, que iniciou há duas semanas a pré-campanha pelo país junto dos candidatos e tem participado em várias iniciativas diariamente, traçou como objetivo conseguir eleger mais autarcas do CDS-PP e conseguir um resultado melhor do que há quatro anos.

À semelhança do que aconteceu em 2017, PSD e CDS-PP assinaram em março um acordo-quadro autárquico nacional que enquadra as regras das coligações locais entre os dois partidos.

Em Lisboa, o CDS-PP integra a coligação “Novos Tempos” (que junta PSD, CDS-PP, Aliança, MPT e PPM), encabeçada pelo social-democrata Carlos Moedas, e no Porto apoia a candidatura do atual presidente daquela autarquia, o independente Rui Moreira.

A candidatura em Lisboa valeu a Rodrigues dos Santos críticas por parte de membros da anterior direção, como João Almeida, que se candidata à câmara de São João da Madeira, e Adolfo Mesquita Nunes, que falaram em saneamento político, depois de o atual vereador João Gonçalves Pereira ter ficado de fora da lista da coligação.

Em resposta, o presidente do partido defendeu que a “última palavra” cabia à direção e recusou ter afastado dirigentes.

Também as opções para Braga levaram à saída da Comissão Política do partido do ex-presidente da Juventude Popular, Francisco Mota.

Eleito em congresso em janeiro do ano passado, Francisco Rodrigues dos Santos já foi desafiado pelo antigo vice-presidente do partido Adolfo Mesquita Nunes a convocar um congresso eletivo antecipado, e disse que seria candidato, e mais recentemente, em julho, Nuno Melo indicou que vai apresentar uma moção no próximo congresso, que deverá realizar-se no início de 2022.

O eurodeputado disse à Lusa que a decisão de avançar para a liderança apenas vai ser tomada depois das autárquicas e “não dependerá do resultado” dessas eleições, uma vez que “não permitem perceber o estado geral do partido”, dadas as coligações.

Esta semana, o presidente do CDS-PP afirmou que “fará uma meditação” e retirará conclusões se não atingir o objetivo proposto de aumentar o número de autarcas, considerando que todos os líderes políticos, e que o próprio não é exceção, dependem dos resultados eleitorais.

De acordo com o itinerário provisório da ‘volta’ nacional do líder distribuída aos jornalistas, Francisco Rodrigues dos Santos vai arrancar o período oficial de campanha para as autárquicas nos Açores, arquipélago onde vai estar até quinta-feira.

No domingo e segunda-feira (dias 19 e 20 de setembro), Francisco Rodrigues dos Santos desloca-se à Madeira.

Oliveira do Hospital, onde é candidato à Assembleia Municipal, vai estar em destaque na campanha do presidente do CDS-PP, estando previsto que se desloque três vezes àquele município. E é lá que vai fazer o encerramento da campanha.

Segundo a informação disponibilizada aos jornalistas, Francisco Rodrigues dos Santos vai estar também nos distritos de Lisboa, Porto, Beja, Leiria, Santarém, Évora, Coimbra, Aveiro e Braga e estão previstas várias arruadas e alguns comícios, almoços e jantares, além de visitas a feiras e mercados.

O orçamento do CDS-PP para estas eleições é de 749 mil euros, de acordo com as informações entregues pelos partidos e disponibilizados no início de agosto na página eletrónica da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos.

No final de março, o líder centrista anunciou que todos os membro da sua Comissão Política Nacional seriam candidatos nestas eleições.

Em 2017, o CDS conseguiu aumentar de cinco para seis as câmaras a que preside: Abergaria-a-Velha, Oliveira do Bairro, Vale de Cambra (distrito de Aveiro), Ponte de Lima (Viana do Castelo), Santana (Madeira) e Velas (Açores).

Um dos melhores resultado do partido há quatro anos foi alcançado em Lisboa, município no qual o CDS-PP (em coligação com PPM e MPT) conseguiu 20,59% dos votos e elegeu quatro vereadores, mais três do que nas autárquicas anteriores.

Nessa noite, a líder do partido na altura e candidata à presidência da câmara, Assunção Cristas, falou numa “noite histórica para o CDS”.

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