A judoca Catarina Costa, que hoje se sagrou vice-campeã europeia, considerou ter feito uma prova “em crescendo”, em que reconquistou a medalha de prata, e aproveitou para a dedicar à Académica, o seu clube.
“Queria dedicar esta medalha hoje à Associação Académica de Coimbra, porque é o aniversário da Académica. E é especial também ganhar uma destas medalhas num dia emblemático para o meu clube e por isso queria dedicar esta medalha a todos os academistas”, disse a judoca de Coimbra, em declarações à agência Lusa.
Catarina Costa não quis deixar de lembrar os 135 anos da Académica, fundada em 1887, e cujas cores tem vestido ao longo de uma carreira que lhe deu agora a segunda medalha em campeonatos da Europa.
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“São seis, não é? São seis atletas nesse lote…”, comentou a judoca, quando lembrada que, entre as 40 medalhas de Portugal na competição, são poucos os que conquistaram mais do que uma, com Telma Monteiro, depois, num campeonato à parte, com 15.
Catarina Costa, que também tinha sido prata nos Europeus de 2022, com a mesma adversária da final de hoje, a francesa Shirine Boukli, de quem é amiga, passa a ter duas medalhas, tal como João Pina, Rochele Nunes, Joana Ramos e Nuno Delgado, enquanto Pedro Soares tem quatro.
No percurso que hoje teve em Montpellier, na Sud de France Arena, Catarina Costa disse também ter sentido confiança, num percurso em que estava em crescendo, de combate para combate.
“É um dia longo, um dia duro. Um campeonato que tem as melhores atletas da Europa. Cada combate que eu tive, fui-me sentindo cada vez melhor, mais confiante. Acho que os quartos de final foram um combate importante, porque é uma atleta difícil [a espanhola Laura Martínez] e, após essa vitória, estava mesmo a um passinho da final”, começou por descrever a judoca.
Em relação ao combate pelo ouro, Catarina Costa quis antes sublinhar o sentimento de ter sido “uma grande final” e ainda mais por disputá-la diante de Boukli.
“Queria deixar a minha marca e trazer o primeiro lugar para casa, não foi possível, mas ainda assim acho que foi uma grande final e fico satisfeita que tenha sido com a atleta francesa. Somos amigas e poder fazer uma final com ela aqui em França também é especial, mas, acima de tudo, estou muito feliz pela consistência que demonstrei e por voltar a estar numa boa forma física”, acrescentou.
A seguir a estes Europeus, Catarina Costa revelou que, até ao final do ano, ainda vai competir no Grand Slam de Tóquio (02 e 03 de dezembro) e que depois se seguem duas semanas de estágio.
“Para o ano, escolher as provas com inteligência, para começar a preparação para os Jogos Olímpicos o mais cedo possível. O objetivo é estar na melhor forma possível e superar o resultado de Tóquio [quinta classificada], seria terminar no pódio. É para esse objetivo que trabalhamos, passo a passo, com evolução, com calma”, adiantou a judoca.
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