Região
Castelo Mágico está de volta a Montemor-o-Velho
A iniciativa de animação da época natalícia Castelo Mágico, cuja 7.ª edição foi hoje apresentada, regressa a Montemor-o-Velho até finais de dezembro e registou um maior número de visitantes estrangeiros em 2023, anunciaram os promotores.
O evento, realizado no castelo sobranceiro àquela vila do distrito de Coimbra e aos campos do Baixo Mondego, decorre durante 19 dias (entre dia 30 e 29 de dezembro) e mantém os preços de acesso inalterados: os bilhetes diários variam entre os cinco euros para crianças dos 03 aos 12 anos e maiores de 65 anos, e os seis euros para jovens e adultos, que dão direito a todas as atividades, diversões e espetáculos incluídos na programação.
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De acordo com Tiago Castelo Branco, da produtora MOT, responsável pelo Castelo Mágico, a iniciativa tem vindo a consolidar o seu caráter nacional, recebendo crianças e famílias de vários pontos do país, mas também turistas brasileiros e espanhóis (nomeadamente da Galiza), que se deslocam propositadamente a Montemor-o-Velho.
Na sessão de apresentação do Castelo Mágico, o responsável da produção observou, no entanto, o “quão difícil” foi afirmar o evento ao longo dos anos enquanto destino turístico na região Centro, um dos objetivos da MOT, mais do que criar um produto que fosse 100% lucrativo, como os chamados ‘negócios de Natal’, que também existem em Portugal e onde cada atividade ou divertimento são pagos pelos utilizadores, assinalou.
“Há ofertas para todos os gostos, de feiras, a mercados de Natal e parques temáticos. Nós quisemos criar uma identidade própria que hoje é uma referência nacional, não há nenhuma criança que não conheça o Nico e nenhuma miúda que não queira ser a Princesa”, afirmou Tiago Castelo Branco, aludindo às mascotes do Castelo Mágico.
Na mesma sessão, o presidente da Câmara de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão, frisou que o Castelo Mágico “é um evento complexo de organizar”, dado que todos os equipamentos envolvidos têm de ser levados para o castelo (alguns através da utilização de uma super-grua), com “cuidados especiais” face às características do monumento.
“Não se pode estragar nada nem tocar em nenhuma das paredes”, ilustrou o autarca.
Emílio Torrão disse que o Castelo Mágico “tem características muito próprias, não é só uma feira de diversões”.
Aludiu, nomeadamente, aos contos encenados e a um espetáculo teatral que complementa, divertimentos como uma via de ‘slide’ ou o ‘air bungee’ – este definido como “saltos e adrenalina nas alturas” – ou a caminhada noturna de três quilómetros “que é um sucesso”, entre outras diversões, sem esquecer a visita à Casa do Pai Natal, uma das mais procuradas pelas crianças.
Segundo o presidente da Câmara, em 2024 o orçamento do Castelo Mágico situa-se nos 382 mil euros (mais 40 mil euros do que em 2023), aumento justificado pelo acréscimo de custos dos equipamentos e infraestruturas, mas também pelo reforço de meios humanos especializados em ajudar as crianças no acesso às diversões.
Já Tiago Castelo Branco, ao aludir ao reforço de meios humanos, também para garantir a segurança dos utilizadores, lembrou que em seis edições já realizadas “não houve qualquer incidente grave” no evento, que conta com o apoio de um posto médico avançado e a colaboração das autoridades.
Questionado pela agência Lusa se o aumento dos preços pedidos pelos fornecedores de diversões tem uma relação direta, por exemplo, com o facto de se estar em período pré-eleitoral (neste caso por ser o último Natal antes das eleições autárquicas de 2025), Emílio Torrão revelou que os custos para as autarquias, comparativamente a particulares, são mais elevados.
“Os preços, se for a Câmara a pedir, são completamente diferentes, do que se forem privados a pedir”, enfatizou o autarca, recusando que uma eventual demora no pagamento não se verifica em Montemor-o-Velho, que paga a 20 ou 25 dias.
“Isto não se justifica, mas é uma prática que existe neste país”, lamentou.
Com uma afluência de cerca de 40 mil pessoas em 2023, ano em que a lotação diária de 2.500 pessoas, no mesmo espaço ao mesmo tempo, foi alcançada por várias vezes, Emílio Torrão considerou que o Castelo Mágico “já está no imaginário das crianças”.
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