O Tribunal de Almada começa hoje a julgar, pelas 09:30, Diana Fialho e Iuri Mata, o casal acusado pelo Ministério Público (MP) de matar a mãe adotiva da arguida, no Montijo, em setembro de 2018.
Os arguidos requereram a abertura de instrução, mas, em 10 de maio, o juiz de instrução criminal (JIC) Carlos Delca, do Tribunal de Instrução Criminal do Barreiro, decidiu levá-los a julgamento nos exatos termos da acusação do MP.
O juiz sublinhou que existem “indícios mais do que suficientes” para os levar a julgamento, tais como o cadáver encontrado, as imagens de Diana Fialho e Iúri Mata a comprar gasolina e um isqueiro, as roupas do arguido, o sangue encontrado na casa onde residiam e o relatório policial do ADN da vítima nas roupas dos arguidos.
Segundo o despacho de acusação do MP, os arguidos “gizaram um plano” que consistia em matar Amélia Fialho, mãe adotiva da arguida, pois a relação entre ambas “era marcada por discussões e desacatos constantes, por causa da relação amorosa entre os arguidos”.
O MP conta que foi no seguimento do plano que ambos os arguidos tinham criado, que, em 01 de setembro de 2018, ao jantar, o casal colocou na bebida da vítima “fármacos que a puseram a dormir” e, de seguida, desferiu “vários golpes utilizando um martelo”, que causaram a morte da professora.
Após o homicídio, relata a acusação, os arguidos embrulharam o corpo da mãe adotiva de Diana Fialho, colocaram-no na bagageira de um carro e deslocaram-se até um terreno agrícola, no qual, com recurso a gasolina, “atearam fogo ao cadáver”.
Foi em 07 de setembro de 2018 que a filha adotiva e o genro da vítima foram detidos e presentes a tribunal, o qual decretou a medida de coação de prisão preventiva. A arguida está no Estabelecimento Prisional de Tires, enquanto o homem no do Montijo.
A vítima, de 59 anos e professora de Físico-Química na Escola Secundária Jorge Peixinho, no Montijo, foi encontrada morta em 05 de setembro de 2018, em Pegões, no concelho do Montijo, distrito de Setúbal.