O número de casais com ambos os elementos inscritos nos centros de emprego aumentou 21,7% em maio face ao mesmo mês de 2019, para 6.772, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
De acordo com o IEFP, em maio, do total de desempregados casados ou em união de facto, 13.544 (8,4%) “têm também registo de que o seu cônjuge está igualmente inscrito como desempregado”.
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O número de casais nesta situação era, assim, no final daquele mês, de 6.772, o que corresponde a uma subida de 21,7% (+1.207 casais) que no mês homólogo.
Este é já o segundo mês consecutivo com um aumento homólogo a dois dígitos, algo que já não sucedia desde 2013.
O número registado em maio é também o mais elevado desde agosto de 2018, mês em que o IEFP dava conta da existência de 6.885 casais desempregados.
Por comparação com abril de 2020, mês em que os efeitos da pandemia de covid-19 já se tinham começado a sentir na economia e na atividade das empresas, o número de casais com ambos os elementos no desemprego aumentou 2,4% (+160 casais).
Os casais nesta situação de duplo desemprego têm direito a uma majoração de 10% do valor da prestação de subsídio de desemprego que se encontrem a receber, quando tenham dependentes a cargo.
O IEFP começou a divulgar informação estatística sobre os casais com ambos os elementos desempregados em novembro de 2010, altura em que havia registo de 2.862 destas situações.