Região

Casa dos Afetos nasce em Arganil com investimento superior a um milhão de euros

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 27-04-2023

A Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Coimbra lançou um concurso público, orçado em mais de 1,1 milhões de euros (ME), para a construção da Casa dos Afetos, no centro de Arganil.

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Este futuro lar residencial, com capacidade para 18 pessoas, é “um sonho que nasceu há 15 anos e funcionará como complemento do Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão da APPACDM Coimbra, que também funciona em Arganil”, revelou hoje a instituição numa nota de imprensa enviada à agência Lusa.

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A Casa dos Afetos é uma antiga ambição da população de Arganil, que, por isso, tem vindo a mobilizar-se através da angariação de fundos em vários eventos, tendo conseguido reunir cerca de 150 mil euros.

“Houve sempre grande envolvimento de toda a população para a realização deste projeto. É maravilhoso receber este apoio tão generoso, por parte dos arganilenses, a um projeto tão bonito, que nos une a todos”, disse, citada na nota, a presidente da APPACDM Coimbra, Helena Albuquerque.

O edifício vai nascer num imóvel situado próximo da Câmara Municipal de Arganil, no centro desta vila do distrito de Coimbra.

“Isto é único na região e, mesmo a nível nacional, é dos poucos. O mais comum é estes projetos irem para as periferias”, apontou.

A inserção da Casa dos Afetos, no centro de Arganil, confere vantagens na inclusão das pessoas que vão beneficiar da estrutura e da proximidade para os pais que, com o “avançar da idade, tendem a ter maiores limitações de mobilidade”.

“Esta centralidade contribui, em grande medida, para a inclusão social e comunitária dos nossos clientes”, salientou Helena Albuquerque.

O imóvel onde vai surgir a Casa dos Afetos encontra-se devoluto. Pertenceu à Direção Regional de Educação do Centro e servia para acolher alunos da região que iam estudar para Arganil.

De acordo com a instituição, há alguns anos, a Câmara de Arganil ficou na posse da casa, através de uma permuta de terrenos, e, posteriormente, cedeu o respetivo direito de superfície à APPACDM Coimbra para este fim específico.

Antes da pandemia e da inflação provocada pela guerra na Ucrânia, o projeto estava orçado em 700 mil euros.

Nessa altura, a APPACDM Coimbra concorreu à terceira geração do Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES) e conseguiu obter um financiamento de 500 mil euros.

O auxílio do PARES garante ainda apoio na fase de funcionamento, de acordo com o número de clientes.

Além dos 150 mil euros reunidos pela população, a instituição “espera obter um contributo por parte da Câmara de Arganil num montante que poderá superar os 100 mil euros”.

Se a obra se iniciar até ao dia 30 de junho, o programa PARES confere mais 10% de verba.

Para conseguir a quantia restante, a APPACDM Coimbra continua a “contar com o envolvimento da comunidade arganilense e, se necessário, deverá contrair um empréstimo bancário”.

“Nós vamos fazê-lo, a obra é para começar muito brevemente”, frisou a presidente da APPACDM Coimbra.

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