Economia

Carros elétricos estão a ser “encostados”?

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 1 mês atrás em 25-08-2024

“Veículos elétricos estão a ir para abate com pouquíssimos quilómetros”, pode ler-se numa publicação divulgada no Facebook.

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A publicação é datada de 10 de outubro: “O alerta foi dado pela Thatcham Research — uma associação que se dedica a estudos de mercado para o setor das seguradoras. Segundo um relatório, apesar de as marcas anunciarem que as baterias dos veículos elétricos são reparáveis, na prática isso poderá não estar a acontecer.”

De facto, o relatório foi divulgado este ano pela empresa britânica que se dedica ao estudo de “oportunidades e riscos de novas tecnologias de veículos”. O objetivo é fornecer estes dados e investigação às “seguradoras, Governos, fabricantes de veículos, empresas de tecnologia e a indústria de reparação para que tomem decisões melhores e mais informadas”.

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O documento destaca os riscos da adoção de veículos elétricos a bateria tendo em conta que estas “representam uma percentagem substancial do valor original do veículo”, portanto, em caso de dano, o impacto negativo é elevado, pode ler-se no Polígrafo.

De acordo com a empresa, existe um número reduzido de veículos elétricos a bateria no mercado, mas isso não quer dizer que não haja motivos para preocupação, sobretudo devido à falta de soluções de reparação disponíveis a custos acessíveis.

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“Sem mudanças significativas, há uma forte probabilidade de que os custos com sinistros continuem a aumentar desproporcionalmente”, aponta o responsável pela investigação de engenharia.

“Grande parte da indústria de seguros automóveis ainda não se adaptou aos desafios da adoção em massa de veículos elétricos a bateria, e as implicações permanecem não quantificadas na capacidade de reparação, formação e competências, custo e sustentabilidade ao longo da vida destes veículos. Esta falta de consciência significa que são muitas vezes considerados irreparáveis, levando a amortizações prematuras devido ao elevado custo da bateria”, acrescenta.

O relatório admite, por fim, o abate prematuro destes veículos, não porque têm poucos quilómetros, mas em consequência de acidentes cujos danos sejam considerados irreparáveis pelas seguradoras (tendo em conta os custos) ou perante algum tipo de defeito da bateria.

É assim verdade que há veículos elétricos a bateria que estão a ir para abate, mas quando existem danos nas baterias que tornam a sua reparação inviável. No entanto, note-se que a investigação é centralizada no Reino Unido, com dados referentes aos países que constituem a nação.

Por isso, o Polígrafo classifica esta informação com “Verdadeiro, mas…”.

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