Política

Carlos Moedas:  Extrema-direita e extrema-esquerda são “igualmente más e cancros da democracia”

Notícias de Coimbra | 11 segundos atrás em 19-10-2024

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa defendeu hoje que a extrema-direita e a extrema-esquerda são “igualmente más” e representam “cancros da democracia”, apelando aos jovens para escolherem o PSD, que classificou como “casa da moderação”.

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Numa intervenção perante o 42.º Congresso do PSD, Carlos Moedas fez também duros ataques ao secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que acusou de querer fazer dos autarcas do PSD “alvos a abater”.

“Nós não podemos baixar os braços e a guarda a este PS, porque este PS – eu digo este, não o PS – tem sempre um único objetivo: este PS só quer o poder pelo poder”, acusou, dizendo que o próximo passo serão as autárquicas do próximo ano.

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“O PS vai estar atrás de nós, aqueles que somos os melhores autarcas somos alvo deste PS”, lamentou.

Moedas deixou rasgados elogios ao presidente do PSD, dizendo que Luís Montenegro teve a coragem de “dizer não ao populismo, desmascarar os extremos, desmascarar aqueles que são os populistas da extrema-direita que têm algo em comum, não têm consistência e não têm palavra”.

“E o Luís provou isso. Eles não têm palavra, não têm consistência, não têm solidez”, disse, numa alusão às recentes acusações do Chega ao primeiro-ministro de lhe ter proposto em privado um acordo que Montenegro desmentiu.

O autarca de Lisboa defendeu que o PS liderado por Pedro Nuno Santos “se está a chegar cada vez mais ao extremo da esquerda”, dizendo que faz “ma oposição errática, uma oposição que deixou de ser abrangente e que não sabe muito bem por onde vai”.

“Diz num dia uma coisa e diz no outro dia outra coisa, que agora já está a vacilar sobre o que disse o secretário-geral do PS ontem”, afirmou, numa referência à posição expressa na quinta-feira por Pedro Nuno Santos de que irá propor à Comissão Política a abstenção no próximo Orçamento do Estado.

Moedas considerou que a luta a travar é, portanto, “não só contra a extrema-direita, mas também contra a extrema-esquerda”.

“Porque a extrema-direita e a extrema-esquerda são igualmente más para o nosso país. São igualmente más para a nossa democracia. Nunca se esqueçam disso. Que a extrema-direita e a extrema-esquerda são cancros das nossas democracias. Que não querem democracia e que querem destruir as instituições”, acusou.

O autarca de Lisboa, que saudou as presenças no congresso dos ex-presidentes do PSD Luís Marques Mendes e Pedro Santana Lopes e da futura comissária europeia Maria Luís Albuquerque, terminou o seu discurso com um apelo aos jovens.

“Não se deixem condicionar. Eu não tenho medo. Nunca me deixarei condicionar por eles. E eu espero que toda esta juventude tenha essa coragem de ser assertivo, de ser moderado e não ter medo do futuro. Não aceitem um insulto. Um insulto é a arma dos inconsequentes. Não se deixem ficar sem resposta”, pediu.

Moedas saudou ainda a adesão ao PSD, como militante, de Sebastião Bugalho, dando-lhe as boas-vindas ao partido, e deixou um abraço ao militante número um do PSD, Francisco Pinto Balsemão, que não está presente no congresso.

“Na política há dois caminhos. Há a política difícil. E há a política fácil. Há a política daqueles que sabem tudo. Que têm todas as certezas. Aqueles que acham sempre que é preto ou branco. E depois há a outra política. Há a política difícil, a política que é difícil é a política dos moderados”, afirmou, considerando que o PSD “tem que continuar a ser o bastião dos moderados”.

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