A presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, entende que as Unidades de Saúde Familiar (USF) são uma peça-chave no funcionamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS), razão pela qual o Município de Cantanhede encara a qualificação da rede como “um desafio estratégico”.
“Um desafio estratégico porque se trata da principal porta de entrada dos cidadãos nos serviços de saúde, o seu verdadeiro suporte e que por isso mesmo tem de funcionar sem constrangimentos nem entropias”, sustentou.
Ao intervir na sessão de abertura do Encontro da Primavera da Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar (USF-AN), subordinado ao tema “USF: do desempenho à sustentabilidade”, a autarca reafirmou a necessidade de estarem assegurados “recursos humanos em número suficiente para as necessidades e uma organização tendente a favorecer elevados níveis de eficiência e eficácia”.
PUBLICIDADE
Não menos importante, adiantou, é a captação e fixação dos profissionais SNS, o que na sua perspetiva passa “pela criação de condições motivadoras, condições que lhes permitam realizar-se profissionalmente em benefício dos doentes, promovendo uma efetiva qualificação estrutural das respostas existentes, quer do ponto de vista orgânico e funcional, quer em termos de instalações e equipamentos”.
Helena Teodósio deu a conhecer, também, “o relevante plano de investimentos” do Município na requalificação das instalações e dos equipamentos de saúde – mais de cinco milhões de euros em várias empreitadas -, no âmbito da assunção de novas competências na área da Saúde.
Na sessão de abertura deste Encontro, que reuniu na passada sexta-feira, 4 de abril, dezenas de profissionais de saúde no Biocant Park, intervieram também Almerinda Marques, diretora clínica da Unidade Local de Saúde de Coimbra para os Cuidados de Saúde Primários, André Biscaia, presidente da USF-AN e Filipa Cartaxo, presidente da Comissão Organizadora do Encontro da Primavera.
Denominador comum a todas as intervenções foi a importância das USF enquanto pilar do SNS, e a necessidade de uma aposta efetiva nesta área de intervenção primária, vocacionada fundamentalmente para a prevenção, enquanto garante da sustentabilidade.
Nos vários painéis que decorreram ao longo do dia foram abordadas temáticas como “Burning Out – a realidade dos profissionais de saúde”, “Atrair, reter e potenciar talento nas unidades de saúde”, “Doença ajuda – desafios e perspetivas” e IDE e ICU – integração das avaliações individuais e coletivas”.
PUBLICIDADE