Coimbra

Cantanhede quer manter hospital local no Serviço Nacional de Saúde

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 27-12-2013

A Assembleia Municipal de Cantanhede aprovou hoje, por unanimidade, uma moção apresentada pelo Partido Socialista que defende a manutenção do hospital local no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

No texto da moção, a que a agência Lusa teve acesso, é declinada a intenção da tutela em transferir a gestão do hospital Arcebispo João Crisóstomo para a Santa Casa da Misericórdia de Cantanhede “ou para outra qualquer entidade privada, em defesa da sua permanência na rede pública do Serviço Nacional de Saúde”.

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A moção defende ainda a manutenção das Unidades de Internamento de Convalescença e Paliativos, “as quais já foram referência a nível nacional”, a Cirurgia do Ambulatório e as especialidades e valências existentes na unidade hospitalar “como garantia de mais e melhor saúde para os munícipes” e a continuidade de cuidados de proximidade.

Da parte da bancada do PSD, maioritária da Assembleia Municipal, Carlos Pessoa lembrou que o protocolo a assinar com o ministério da Saúde – que devolve a gestão do hospital à Misericórdia – “ainda não é conhecido” e que os hospitais de Fafe, Anadia e Serpa, este último na primeira semana de janeiro de 2014, “servirão como experiências piloto” daquela intenção.

Já na bancada socialista, promotora da moção, Abel Carapeto frisou que a defesa da manutenção do hospital no SNS “não é nada contra” a Misericórdia de Cantanhede.

“O que não queremos é uma privatização encapotada do hospital”, frisou.

O texto da moção refere ainda que o despacho da tutela que criou um grupo de trabalho para analisar as condições de devolução às misericórdias das unidades de saúde que se encontram sob gestão pública “foi aprovado sem o conhecimento dos cidadãos, do poder local e dos próprios serviços de saúde”.

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Por outro lado, os proponentes da moção – que será enviada, entre outros, ao Presidente da República, ministro da Saúde e grupos parlamentares da Assembleia da República – dizem que não se conhece o futuro de “todos” os profissionais do hospital de Cantanhede e que a unidade de saúde possui recursos humanos e materiais, infraestruturas e equipamentos “que devem ser rentabilizados, na linha do primado da sustentabilidade e da complementaridade na rede pública do Sistema Nacional de Saúde”.

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