Região

Cantanhede cria plataforma online para ajudar refugiados no concelho

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 07-03-2022

A Câmara Municipal de Cantanhede criou uma plataforma ‘online’ para agilizar o apoio aos refugiados ucranianos que pretendam instalar-se no concelho, informou a autarquia.

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Trata-se uma plataforma para agilizar o apoio aos refugiados ucranianos que tencionem instalar-se no concelho, gerindo a “disponibilidade de pessoas que queiram colaborar nesse processo, a vários níveis, bem como organizar a recolha e envio de bens para a Ucrânia”, refere a autarquia uma nota de imprensa enviada hoje à agência Lusa.

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A plataforma foi desenvolvida pelos serviços de informática da Divisão de Modernização, Inovação e Qualidade e apresentada pela presidente da autarquia, durante uma reunião com a comunidade ucraniana local.

Neste encontro foi também avaliado o “estado de espírito dos cidadãos ucranianos residentes no concelho”, a fim de perceber as “dificuldades com que se debatem por estarem agora impedidos de voltar ao seu país e, também, para definir um plano de atuação, tendo em vista o acolhimento dos seus familiares fugidos da guerra”, sublinha aquele município do distrito de Coimbra.

Nesse sentido, foi criada a plataforma que permite o registo dos pedidos de ajuda num campo escrito em ucraniano e, noutro, as ofertas de apoio organizadas por tipologia.

Ao mesmo tempo, está ativa também uma linha de apoio através do número (telemóvel e Whatsapp: 00351 964 469 157) e do endereço eletrónico ecosol@cm-cantanhede.pt.

Através do cruzamento destes dados será possível organizar melhor a resposta às necessidades, em função dos recursos que vierem a ser canalizados para esse fim.

A operação, que será assegurada pelos serviços da Divisão de Ação Social e Saúde, em articulação com as juntas de freguesia, associações e grupos de cidadãos ativos organizados em movimentos de voluntariado, mobilizando ainda os agentes económicos e sociais.

De modo a apoiar o povo ucraniano, está previsto o apoio a todas as entidades na recolha de bens a enviar para a Ucrânia, não só nos aspetos logísticos, mas também na implementação de ações que venham a ser consideradas úteis para minimizar o sofrimento de um povo que está a viver uma dilacerante tragédia humanitária”, afirma, citada na nota de imprensa, a presidente da Câmara, Helena Teodósio.

A autarquia propõe-se ainda providenciar habitação a refugiados, colaborando na agilização dos processos necessários à fixação de residência no concelho.

A concertação de uma estratégia com a Associação Empresarial de Cantanhede (AEC), para estimular as empresas do concelho a contratarem os refugiados, assegurando-lhes formação em língua portuguesa e em outras matérias consideradas úteis para a sua integração social é outro dos objetivos que constam de uma lista que inclui ainda “a realização de diligências junto das escolas dos diferentes graus de ensino para que sejam proporcionadas às crianças condições de aprendizagem específicas, para atender à condição em que se encontram”, concluiu a autarca.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.

Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,7 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

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