Região
Cantanhede: Biocant Park vai ter novo edifício num investimento de 7,5 milhões de euros
O Biocant Park, Parque de Ciência e Tecnologia especializado em Biotecnologia e Ciências da Vida, sediado em Cantanhede, distrito de Coimbra, vai ter um novo edifício, num investimento de 7,5 milhões de euros (ME), segundo informação enviada à agência Lusa.
“(…) Estamos perante um investimento global de 7,5 milhões de euros que contempla a construção de um novo edifício no montante de 5,2 milhões de euros, a aquisição de equipamento científico na ordem dos dois milhões de euros”, assim como “outras despesas de caráter mais residual” no montante de 300 mil euros, refere informação escrita do Biocant Park, adiantando estar contemplada uma comparticipação de 3,9 milhões do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
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O concurso público para a construção do novo edifício, denominado Biocant IV, foi publicado na segunda-feira em Diário da República. A obra tem um prazo de execução de 480 dias.
“O Biocant IV, destinado à instalação de empresas de biotecnologia e acolhimento de algumas infraestruturas físicas de suporte, será estruturalmente semelhante aos edifícios dedicados às empresas que já existem no parque (Biocant II e Biocant III) e pretende responder à crescente procura de espaços laboratoriais por parte de empresas de biotecnologia nacionais e estrangeiras. Este novo edifício estará ainda preparado para alojar um ‘data center’ dedicado ao setor de biotecnologia e competências de ‘marketing’ digital”, explica.
De acordo com o Biocant Park, o investimento vai ser “orientado para uma atualização e modernização do parque, em termos de infraestruturas e equipamentos técnicos, de acordo com as mais recentes orientações do setor e de modo a dar resposta às solicitações por parte de empresas de dimensões e origem territorial distintas”.
“No final do projeto, pretende-se aumentar em 20% a área infraestruturada para acolhimento de empresas”, esclarece, acrescentando que se espera, na fase pós-projeto, que “o número de empresas no parque tenha crescido cerca de 20%, o que se traduz num aumento no volume das prestações de serviços na atividade total da infraestrutura”, sendo que o número de postos de trabalho deverá igualmente aumentar.
Atualmente, trabalham no Parque de Ciência e Tecnologia para Biotecnologia e Ciências da Vida cerca de meio milhar de pessoas.
O Biocant Park foi criado em 2004, tendo agora sediadas “48 empresas de biotecnologia, das quais cerca de 40% têm origem internacional”.
“Nos últimos cinco anos registou-se um crescente interesse a nível nacional e internacional no Biocant Park, o que veio trazer uma nova dimensão ao parque, a diversos níveis”, assinala, apontando a “projeção alcançada, que é claramente um catalisador para atrair ainda mais empresas”.
Acresce a “diversidade de contextos e áreas de especialização que agora existem nas empresas do parque (traduzido por uma dimensão significativa em investigadores oriundos de vários países e distintas formações)” e na oferta que o Biocant Park dispõe, “desde a partilha de infraestruturas, equipamentos, conhecimento, tecnologias e capacidade para instalação industrial (bioindústrias)”.
Este ano, o Parque de Ciência e Tecnologia para Biotecnologia e Ciências da Vida atingiu a “sua plena capacidade de ocupação” e, “antecipando esta realidade”, foi apresentada uma candidatura ao Programa Operacional da Região Centro, no âmbito do aviso relacionado com as Infraestruturas Tecnológicas.
A candidatura foi “aprovada em outubro de 2020, para dotar o Biocant Park de infraestruturas ainda mais ajustadas à realidade atual e capazes de dar resposta às constantes solicitações de novas empresas que pretendem instalar-se no parque, mas também para dar resposta e acompanhar o crescimento das empresas já instaladas”.
As atividades deste projeto estarão maioritariamente centradas na construção do Biocant IV, que vai ser “o quinto edifício do Biocant Park e o sexto deste ecossistema de inovação” que “tem como principal missão promover o bioempreendedorismo e fomentar o desenvolvimento de atividades de I&D [investigação & desenvolvimento] que possam ser traduzidas em valorização económica do conhecimento na área das biociências”, lê-se na informação enviada à Lusa.
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