Região
Cantanhede aumentou o investimento e reduziu a despesa em 2021
A Câmara Municipal de Cantanhede aumentou o investimento em 23%, relativamente a 2020 e conteve a despesa corrente, traduzindo uma poupança de seis milhões de euros, canalizados para despesas de capital, foi hoje anunciado.
O Relatório de Gestão do Município de Cantanhede de 2021 foi aprovado, na reunião da Câmara de quarta-feira, com quatro votos a favor e duas abstenções.
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Apesar da crise pandémica provocada pela covid-19, que dura desde 2020, a “trajetória favorável dos principais indicadores prosseguiu a um ritmo semelhante ao dos anos anteriores”, disse, citada numa nota de imprensa, a presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio.
O município “encerrou as contas de 2021 sem dívidas a fornecedores e com as faturas de empreiteiros entradas até 31 de dezembro de 2021 completamente liquidadas, situação que comprova a assertividade das decisões quanto ao planeamento operacional e ao nível do controlo financeiro”, sublinhou.
Em 2021, o Câmara de Cantanhede, no distrito de Coimbra, registou um incremento do investimento em cerca de 2,6 milhões de euros, mais 23% do que em 2020, em infraestruturas e equipamentos coletivos ou na aquisição de terrenos e outros bens de capital, “variação que adquire ainda maior significado se considerarmos que o aumento das despesas correntes se quedou nos 8,9%”.
No que diz respeito ainda à despesa, houve um aumento de 97% dos dispêndios na área da saúde e ação social, aumento esse em relação “apenas a uma parte dos custos das ações que foi necessário empreender para diluir os efeitos da pandemia de covid-19”.
Já o limite da dívida assentou-se em 0,31% da média da receita corrente dos últimos três anos, quando o limite máximo legal admitido é de 1,5% dessa média.
Para a autarca este dado reflete “uma folga de algum modo tranquilizante face aos desafios do futuro”, mas alerta para a circunstância de “nesta altura vários fatores se estarem a conjugar no sentido de exercer uma pressão sobre a tesouraria que pode vir a influenciar negativamente o exercício de 2022”.
Nesse sentido, a presidente admite que esses fatores passam pelo impacto da pandemia de covid-19, que ainda continua a verificar-se, a subida geral dos preços de bens e serviços gerado pela invasão da Rússia à Ucrânia, mas também o expectável aumento dos encargos inerentes à assunção de novas competências transferidas pela administração central.
Helena Teodósio concluiu garantindo que o Município de Cantanhede está preparado para tirar “o melhor proveito possível das oportunidades que se perspetivam no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do Portugal 20/30”.
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