Coimbra

Cantanhede aprovou moção em Defesa do Serviço Nacional de Saúde

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 18-12-2018

A Assembleia Municipal de Cantanhede aprovou, por unanimidade, uma moção apresentada pela bancada do PSD em “Defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) – Por Serviços de Saúde de Qualidade no Município de Cantanhede”.  

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No texto submetido a votação do órgão deliberativo da autarquia na reunião plenária de 14 de dezembro refere que “o SNS é um pilar da democracia e um pilar para a coesão e progresso social” e enaltece “as posições públicas que a Senhora Presidente da Câmara Municipal tem vindo a assumir, reclamando da tutela a resolução de várias situações que comprometem gravemente a qualidade dos serviços de saúde prestados aos munícipes” de Cantanhede.

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A esse respeito, são referidas “as diligências efetuadas pela Dr.ª Helena Teodósio junto do Ministério da Saúde, para que sejam equacionadas as melhores soluções para os problemas que têm vindo a acentuar a degradação dos serviços de saúde no concelho de Cantanhede”, objetivo que de resto consta do pedido de audiência endereçado à Ministra da Saúde pela autarca.

São vários os casos preocupantes já sinalizados pela líder do executivo camarário nas reuniões que tem mantido com os agentes do setor e os representantes das forças políticas, entre os quais “a necessidade de estabilização urgente do quadro de pessoal do Hospital Arcebispo João Crisóstomo, sobretudo do corpo médico, de modo melhorar os serviços e otimizar o bloco operatório, e avançar rapidamente com medidas que ponham cobro à escassez de valências cirúrgicas e à oferta limitada de consultas de especialidades, sem esquecer a necessidade urgente de melhorar as condições de trabalho em algumas áreas desta unidade hospitalar”.

Por outro lado, é reivindicada “a resolução imediata dos problemas de funcionamento da consulta aberta no Centro de Saúde, que nesta altura não responde às necessidades da população, o que torna absolutamente indispensável a implementação de um atendimento de urgência com mais médicos, com um horário mais alargado e com disponibilidade de meios complementares de diagnóstico”.

Na moção é também apontada “a falta de médicos nas unidades de saúde familiar e nas extensões de saúde, o que gera enormes carências nas respostas às populações, que assim ficam diminuídas ou mesmo desprovidas de acesso a cuidados básicos de saúde”, situação que carece de “resolução inadiável, bastando para isso que a Administração Regional de Saúde do Centro cumpra com o que se comprometeu no protocolo que celebrou há alguns anos com a Câmara Municipal”.

Enaltecendo “a existência dos Postos de Atendimento de Cuidados de Enfermagem, uma resposta social criada e financiada pelo Município de Cantanhede ao abrigo de um protocolo que envolve também as juntas das freguesias que não possuem extensões de saúde”, o documento dá voz ao lamento sobre o facto de “a ARS-Centro não estar a cumprir com o que acordou com a Câmara Municipal relativamente ao seu funcionamento e também que nada tenha sido feito para que possam ser criados mais três postos de enfermagem onde realmente fazem falta”.

Finalmente, na moção é defendida a manutenção do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais como uma unidade hospitalar de referência a nível nacional, e dá conta da “apreensão e preocupação sobre o futuro que a tutela reserva para esta unidade, sobretudo quanto ao seu estatuto e quanto ao financiamento das obras programadas para aumentar o número de camas”,  reclamando ainda “a estabilização do quadro de pessoal do CMRRC – Rovisco Pais, de modo a melhorar os serviços”.

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