Desporto
Canoagem teme que Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho se afunde antes dos mundiais
O presidente da Federação Portuguesa de Canoagem disse hoje estar preocupado com alguns problemas estruturais no Centro de Alto Rendimento (CAR) de Montemor-o-Velho, que vão poder colocar em causa um conjunto de provas internacionais.
“O CAR vai ser palco todos os anos de eventos internacionais, como Campeonatos do Mundo e Taças do Mundo. Estamos preocupados com alguns problemas estruturais que tem neste momento, principalmente o da parede arbórea que protege a entrada de vento na pista, a única falha que as instâncias internacionais têm apontado à nossa pista”, disse à agência Lusa Vítor Félix, presidente da federação.
Em 2015, Portugal organiza em Montemor-o-Velho o Campeonato do Mundo de juniores e sub-23, bem como uma Taça do Mundo sénior, que se repete no ano seguinte. O ponto alto será em 2018 com os Mundiais absolutos.
Vítor Félix revela que o projeto, que custou 25 milhões de euros, está ainda necessitado de obras na torre de chegada, bem como manutenção e substituição de balizagem das pistas. As algas que têm impossibilitado o uso da pista de retorno é outra das prioridades para o dirigente.
“No final deste ano teremos seguramente uma vistoria por parte ICF [Federação Internacional de Canoagem] e ECA [Associação Europeia de Canoagem], que podem colocar em causa a própria organização dos eventos”, adverte o presidente da federação.
O dirigente revela o compromisso tripartido assumido entre o município de Montemor-o-Velho, a Fundação do Desporto (entidade pública que superintende os modelos de gestão dos CAR) e a federação para que este verão a pista já tenha sido devidamente intervencionada.
Além das provas internacionais de pista, disciplina olímpica, a FP Canoagem também ganhou a organização dos Europeus de maratonas em 2017 e mundiais em 2018, além de Taça do Mundo em 2016. Este ano, promove o I Campeonato toda Europa de kayak de mar, após ter sido responsável para estreia mundial da competição, em 2013.
“Temos vindo a organizar sucessivos eventos desportivos internacionais com nível de excelência. Era um sonho organizar em 2018 os dos primeiros eventos da canoagem mundial, mas ficou mais uma vez demonstrada a confiança da ICF na canoagem portuguesa e na sua capacidade”, conclui Vítor Félix.
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