Cidade

Candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura prevê a criação do Mondego Arena

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 01-12-2021

O livro da candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura (CEC) 2027 prevê a criação do Mondego Arena, no âmbito da requalificação da Praça da Canção, e a refuncionalização da Penitenciária, situada no centro da cidade.

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A candidatura, que tem como lema “Correntes de Mudança”, divide-se em cinco eixos: “A Invenção de um rio” (a centralidade do rio no desenho da cidade); “O cheiro do café” (o espírito do encontro, das ideias e da dialética); “Partículas elementares” (os vários patrimónios materiais e imateriais), “Intermitências da Luz” (artes, inovação e criatividade) e “Corpos em movimento” (projeção de Coimbra na Europa e no mundo).

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De acordo com o livro de candidatura, a que a agência Lusa teve acesso, é no primeiro eixo, centrado no rio, que está prevista a edificação de um pavilhão multiusos, intitulado Mondego Arena, no âmbito da requalificação da Praça da Canção, onde normalmente decorre a Queima das Fitas e a Festa das Latas.

Este pavilhão teria capacidade “para espetáculos de audiências até 5.000 pessoas, eventos desportivos ‘indoor’, feiras e congressos, salas de ensaio, salas de recursos técnicos e de produção partilhada”, refere o livro, apresentado hoje, no Convento São Francisco.

Nesse mesmo eixo, o grupo de trabalho, coordenado pelo mágico Luís de Matos, aponta também para a libertação dos terrenos ribeirinhos hoje ocupados pelos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), a construção de uma nova ponte pedonal e a requalificação do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova.

Também em torno do rio, o grupo aponta para o Mondego “como palco, ao longo de 2027 e já a partir de 2022”, com “grandes espetáculos na (nova) Praça da Canção, espetáculo de dança ‘sobre o rio’, som e luz na colina da cidade, piqueniques no Parque Verde e regatas de desportos náuticos”.

No eixo “Partículas Elementares”, a candidatura assume a “precariedade” do património material e imaterial da cidade e defende um trabalho de restauro, que conjugue “a tradição e a invenção”.

Nesse sentido, propõe a requalificação e refuncionalização do Estabelecimento Prisional de Coimbra, no centro da cidade, lançando-se um “concurso de ideias internacional” para aquele empreendimento.

Tornar a Baixa da cidade num espaço “urbano de vida real e de fruição”, com um plano urbanístico que promova a redução do tráfego automóvel, criar o Centro de Interpretação da História de Coimbra e o Museu da Cidade, e instalar em Coimbra o Polo Europeu do Museu da Língua Portuguesa são outras das propostas presentes neste eixo.

No livro da candidatura, o grupo de trabalho prevê vários investimentos em infraestruturas “culturais” até 2027, onde é incluído o Mondego Arena (custo de 28 milhões de euros), Centro Municipal de Arte Contemporânea (16 milhões de euros), Polo europeu do Museu da Língua Portuguesa (seis milhões), Centro de Interpretação da História de Coimbra (três milhões) ou refuncionalização da prisão (15 milhões).

Segundo o documento, desde 2018, foram gastos 2,6 milhões de euros na preparação da candidatura, estando previsto que o município aloque cerca de 18 milhões de euros, entre 2022 e 2027 (incluindo o ano da Capital Europeia da Cultura).

Ao todo, o grupo prevê um investimento de 60 milhões de euros na CEC 2027, incluindo o apoio do Governo e dos vários municípios que constituem a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra.

A candidatura propõe ainda que o evento consiga ser carbono zero no conjunto do seu programa.

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