Câmaras
Candidatos gastaram 400 Mil Euros na campanha autárquica em Coimbra
Notícias de Coimbra teve acesso às contas das eleições autárquicas de 2013 depositadas na Entidade das Contas e Financiamentos Políticos do Tribunal Constitucional, o que nos permitiu apurar que Manuel Machado e Barbosa de Melo não respeitaram o que tinha orçamentado para as respectivas campanhas eleitorais.
Na hora de fazer o balanço, é fácil concluir que a coligação PSD/PPM/MPT “investiu” mais do que tinha orçamentado e o PS menos do que tinha previsto. A despesa dos primeiros foi de 137 413. 38 Euros e a do segundo de 169 871.00. A candidatura de Manuel Machado terá “poupado” cerca de 116 000 Euros em relação ao valor orçamentado (276 048.00). Já coligação liderada de Barbosa de Melo derrapou mais de 50 000.00 em relação ao previsto (83 153.86).
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As contas dos mais votados (e dos outros) foi suportada em grande parte pela subvenção estatal, tendo Machado arrecadado 149 383.56 e Melo 103 333.71, montantes proporcionais ao número de votos obtidos.
No que toca à angariação de fundos e donativos, o centrão parece não ser o que era, o que leva a crer que eventuais valores obtidos foram entregues aos partidos. A coligação PSD/PPM/MPT contava receber 13 000.00 Euros e declara zero. O candidato do PS tinha previsto angariar 145 749.89, mas apenas arrecadou 1 500.00. O socialista recebeu O Euros do PS e o Social Democrata contou com 33 809.67.
Como seria de esperar, as grandes despesas foram com comunicação, propaganda, cartazes, brindes e comícios, mas como os concorrentes optaram por declarar as compras de maneira diferente, não é possível fazer uma comparação sobre quem adquiriu o quê, pelo que aguardamos que nos seja facultada uma consulta mais detalhada das contas.
A CDU conseguiu manter o seu vereador com um “investimento” de 49 248.00, valor igual ao das receitas, tendo ficado muito longe da despesa prevista (81 000.00).
Mais poupadinho, o movimento Cidadãos por Coimbra, que na sua estreia elegeu 1 vereador, precisou apenas de 24 080.95 Euros para fazer face a todas as despesas da campanha, o que lhe permitiu obter um saldo positivo superior a 17 000.00, pois conseguiu uma receita de 41 832.49
Verdadeiro milagre fez o CDS-PP, que apesar de ter inundado a cidade de outdoors, apenas registou uma despesa de 15 1 45, 51, mesmo assim, é o dobro dos 8 274.00 que tinha estipulado, mas como declara ter recebido 28 295.46, apesar de não eleger nenhum vereador, pode dizer que obteve “lucro”.
Nas eleições de 29 de setembro de 2013, para as quais estavam inscritos 129.060 e votaram apenas 63.734, o PS alcançou 22 631 votos (33,51%) – 5 vereadores, a coligação PSD/PPM/MPT não foi além dos 18 496 votos (29,73%) – 4 vereadores, a CDU conseguiu manter 1 vereador com 7078 votos (11,11%), CPC surpreendeu ao obter 5 906 votos (9,27)- 1 vereador e o CDS perdeu o seu vereador por não ter ido além dos 2492 votos (3,91%)
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