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Candidatos à direção querem que PAN seja “o partido ambientalista português”

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 01-05-2021

Os candidatos à Comissão Política Nacional defendem, na moção global de estratégia que apresentaram, que o PAN deve assumir-se como “o partido ambientalista português” e dizem querer uma “robusta reorganização interna” do Pessoas-Animais-Natureza.

“Por ser a missão das nossas vidas, o PAN deverá assumir-se como o partido ambientalista português. Deverá continuar a defender o ambiente como a sua causa de fundo: Primeiro o Planeta”, defendem os subscritores no documento intitulado “As causas primeiro”, ao qual a agência Lusa teve acesso.

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A moção apresentada pela lista encabeçada pela líder parlamentar do PAN, Inês Sousa Real, assinala que o partido “deverá propor políticas baseadas na melhor evidência disponível para a transição dos atuais quatro pilares da destruição ambiental: transição alimentar, transição energética, transição na mobilidade e transição na produção e consumo”.

E “deverá defender um novo paradigma económico, baseado na redução do consumo não essencial e na economia circular, introduzindo incentivos e desincentivos com vista a contabilizar as externalidades causadas pela produção e consumo”.

Apontando que o modelo económico português “não pode continuar a basear-se no crescimento ilimitado às custas do planeta e a crédito natural cobrado às futuras gerações”, os subscritores da moção propõem que o ministério da Economia passe a estar “debaixo da asa do ambiente e do clima”, através da criação de “um novo ministério: o do ambiente, do clima e das relações económicas”.

No que toca aos animais, os candidatos à Comissão Política Nacional asseguram que “o PAN continuará a assumir a proteção e o respeito por todos os animais, a par do reconhecimento do valor intrínseco da natureza, como a causa de onde partiu”.

O partido também vai bater-se pelo “reconhecimento constitucional dos direitos dos animais”.

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Na moção global estratégica, os candidatos à direção do Pessoas-Animais-Natureza defendem igualmente uma “robusta reorganização interna” do partido, “que garanta uma efetiva separação da parte de gestão administrativa e da parte de gestão política”, querendo a “reestruturação e adequação ao crescimento do PAN” das estruturas internas.

“É fundamental que durante o próximo mandato de Comissão Política Nacional se inicie um processo de expansão das concelhias e distritais, para contribuir para o crescimento do partido, assim como assegurar a melhoria contínua da comunicação interna e a empoderar e formar os órgãos locais do PAN”, salientam.

Referindo as eleições autárquicas que deverão realizar-se em setembro ou outubro, os subscritores da moção consideram “absolutamente fundamental assegurar a consolidação e o reforço da presença do PAN nas diferentes autarquias locais, com vista a dar continuidade ao trabalho até aqui desenvolvido, bem como a aumentar” a representatividade do partido.

Os candidatos à direção reiteram ainda que o PAN é “um partido progressista que não se reconhece na dicotomia conservadora de esquerda-direita”, considerando que estes “modelos dicotómicos” estão “desatualizados e esta polarização não é capaz de resolver os problemas da atualidade”.

O VIII Congresso do PAN está marcado para 05 e 06 de junho em Tomar e o prazo para envio de listas candidatas à Comissão Política Nacional e as respetivas moções globais de estratégia terminou na sexta-feira à noite.

Fonte oficial do partido disse hoje à Lusa que a lista encabeçada pela atual líder parlamentar do partido, Inês Sousa Real, é a única que vai apresentar-se ao congresso.

De acordo com informação disponível no ‘site’ do partido, a candidatura tem agora até ao dia 20 de maio para enviar eventuais alterações à lista e respetiva moção global de estratégia à Comissão Organizadora do Congresso.

Inês Sousa Real apelou aos filiados no partido para que enviem contributos para o documento.

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