Cidade
Caminhos traz (de novo) Cinema ao Avenida
Há já mais de uma década que os projetores das salas de cinema das Galerias Avenida se apagaram. A respiração suspensa de quem assiste a um ‘thriller’ ou o suspiro contido no desfecho de um drama deram lugar a um profundo silêncio. Mas o sossego do Estúdio 2, no rés-do-chão do centro comercial conimbricense, vai ser interrompido pela XXVI Edição do Festival Caminhos do Cinema Português. Entre novembro e meados de dezembro, o Festival reativará a sala de espetáculo devoluta.
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No âmbito do ciclo Programa!Ação, “Um Punk Chamado Ribas”, de Paulo Antunes, inaugura o espaço pelas 21h45 da próxima quinta-feira, 5 de novembro. Seguem-se, depois, três sessões de Warm Up!. A primeira, às 10h30 do dia 7 de novembro, é destinada aos mais pequenos, com a exibição das curtas-metragens “Angel’s Trumpet”, “Arcade Boys”, “ClimAgir”, “Fox Tale”, “Hornzz”, “#Lingo”, “Maré” e “o28”. Além de provar que “A Cultura é Segura”, o Festival Caminhos encara o cinema como uma arte capaz de reforçar laços familiares. É por isso que, nesta sessão, são as crianças a trazer os pais. Assim, apenas os mais pequenos pagam bilhete, sendo a entrada gratuita para os seus acompanhantes.
À noite, pelas 21h45, “Hotel Império”, de Ivo M. Ferreira, mergulhará a sala de espetáculo numa atmosfera de exotismo asiático – uma viagem à qual nem o próprio realizador faltará. O cineasta que, já em 2016, assinara “Cartas da Guerra” vai marcar presença na exibição de sábado. “Zé Pedro Rock’n’Roll”, de Diogo Varela Silva, conclui este ciclo de preparação para o Festival às 21h45 do dia 10 de novembro.
No âmbito do Festival Caminhos, o renascido Estúdio 2 irá ainda exibir os filmes das Seleções Ensaios e Outros Olhares, bem como o Simpósio Internacional “Fusões no Cinema” e as sessões de Reposição e do Turno da Noite. Em dezembro, cabe às mostras paralelas Filmes do Mundo e Intervenção! encerrar a XXVI Edição do Festival Caminhos do Cinema Português.
Mesmo que temporário, o reativar da sala de cinema representa o abrir de uma caixa de memórias da própria cidade. Nas palavras da Direção do Festival, “ainda que o espaço esteja fechado há mais de dez anos, não há quem não saiba que aí funcionou, em tempos, um grande cinema”. Reiteram ainda que “o renascer deste espaço mítico traz consigo a possibilidade perdida de Coimbra voltar a ter um cinema de bairro, uma arthouse, um espaço de encontro entre espectadores”.
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