Cidade
Câmara quer instalar elevadores nas Escadas Monumentais
O executivo da Câmara Municipal (CM) de Coimbra vai analisar e votar, na sua reunião de quinta-feira, um estudo de melhoria das acessibilidades entre a Praça da República e a Praça Dom Dinis, que passa por facilitar a subida e a descida das Escadas Monumentais através da instalação de um meio mecânico.
O estudo aponta que a solução mais confortável e inclusiva, também para pessoas com mobilidade reduzida, é a instalação de uma torre de elevadores verticais na encosta lateral direita das escadas, o que permitirá também reduzir o tempo-distância de ligação pedonal entre a futura paragem do Sistema de Mobilidade do Mondego na Praça da República, junto ao Teatro Académico de Gil Vicente, e o Polo I da Universidade de Coimbra. O projeto de execução deste estudo será resultado da articulação entre a autarquia, a Universidade de Coimbra e a Metro Mondego.
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Estão em curso vários procedimentos para a implementação do Sistema de Mobilidade do Mondego, uma rede de autocarros elétricos (metrobus) que vai ligar Serpins (Lousã) e Coimbra B, com uma linha urbana até ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, numa extensão total de 42 quilómetros.
É precisamente a linha do Hospital que terá uma paragem na Praça da República, junto ao Teatro Académico de Gil Vicente, e que fará o transbordo dos passageiros que pretendam ir para o Polo I da Universidade. Neste sentido, e para tornar este curto trajeto mais confortável e inclusivo, a CM Coimbra estudou a instalação de elevadores verticais na encosta lateral direita das Escadas Monumentais.
Um dos fatores para esta solução ser considerada a melhor é o facto de os elevadores verticais serem o único sistema que por si só, sem qualquer tipo de adaptações ou complemento, garantem todas as necessidades associadas à mobilidade de cadeiras de rodas, carrinhos de bebé e bicicletas, entre outros, garantindo assim o cumprimento integral do Regime Jurídico da Acessibilidade.
Esta é também a solução que possui maior facilidade de instalação, mais baixos custos de manutenção e cujos componentes mecânicos dos equipamentos se localizam integralmente no interior de um elemento construído, não ficando assim expostos às adversidades meteorológicas.
No sentido da integração urbana na zona, a implantação do elemento vertical do elevador é recuada para meia encosta, correspondendo aproximadamente ao lanço intermédio das escadas. Esta solução permite a criação de uma zona coberta que serve de entrada/saída para o elevador. Nesta praça inferior está ainda comtemplado o reposicionamento, conferindo grande destaque e protagonismo, da escultura “Peço a Palavra!”, da autoria de Carlos Ramos, que foi inaugurada no dia 17 de abril de 2019, durante as comemorações dos 50 anos da Crise Académica de 1969.
Já o acesso superior até à coluna de elevadores será efetuado por um passadiço que pela sua delicadeza e transparência reforça o caracter panorâmico do percurso. Está ainda previsto o enquadramento do quiosque antigo, que se julga edificado no início da década de 40 do século passado, na nova solução urbanística, sendo que será reposicionado depois de devidamente restaurado.
O estudo prevê o integral cumprimento das normas regulamentares do funcionamento de elevadores. Assim, está prevista a criação de uma porta de emergência, colocada estrategicamente a meio do percurso vertical. Esta característica garante que não é excedido o limite máximo de altura sem possibilidade de acesso pelos Bombeiros em eventuais ações de socorro.
Toda a arborização da encosta será revista e reforçada por forma a diluir a presença desta nova construção, contribuir para a agradabilidade do local e deixar o maior protagonismo para o elemento histórico mais relevante: as Escadas Monumentais.
O projeto de execução deste estudo será resultado da articulação entre a CM Coimbra, a Universidade de Coimbra e a Metro Mondego.
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