Cidade

Câmara quer fazer obras…mas precisa de empréstimo

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 16-06-2014

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Manuel Machado, disse à agência Lusa que a autarquia quer investir 6,9 milhões de euros na reabilitação de edifícios e espaços públicos da cidade.

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O autarca informou que está em negociação “um empréstimo através do Banco Europeu de Investimento” para financiar metade de uma aposta de 6,9 milhões de euros. A outra metade seria suportada pela CMC, com o objetivo de voltar “a atrair as pessoas para o coração da cidade”, explicou.

Um ano depois da classificação de Coimbra como Património Mundial, Manuel Machado recordou “as vantagens muito positivas” que a classificação oferece, mas também “responsabilidades muito importantes”, nomeadamente na preservação e reabilitação do património, que deveriam ser partilhadas com o Estado.

“Assinalo, com preocupação, que não está devidamente consignado no próximo quadro de apoio uma dotação própria para a intervenção de reabilitação urbana e social” da zona classificada, disse Machado, constatando que Coimbra “ainda não encontrou o apoio necessário por parte do Governo”.

Apesar disso, o autarca salientou que se têm vindo a desenvolver iniciativas, tais como projetos de reabilitação da zona classificada, a criação de melhores acessibilidades ou uma política de fiscalidade específica para o centro histórico.

Por outro lado, Clara Almeida Santos, vice-reitora da Universidade de Coimbra (UC), sublinha que a classificação, “acima de tudo, aumentou a autoestima da cidade” e “a motivação das pessoas”, havendo uma série de processos “invisíveis” que vão dar frutos “a longo prazo”.

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Desses processos, a vice-reitora enaltece a dinâmica que se gerou entre “diferentes entidades da cidade”, a integração da Universidade de Coimbra na Rede de Universidades Património Mundial, o envolvimento da cidade na criação em curso da rede do Património Mundial Português ou ainda o aumento do interesse “de equipas de reportagens estrangeiras” por Coimbra.

Clara Almeida Santos frisou a existência de projetos de intervenção em curso em espaços como o Colégio da Graça, o Colégio da Trindade e futuramente no Paço das Escolas.

Também no plano cultural, a vice-reitora destacou a realização do Festival das Artes de 2014 dedicado ao tema do Património Mundial e a criação de uma iniciativa de arte contemporânea a instalar em edifícios da zona classificada, intitulada “Ano Zero”.

Celeste Amaro, diretora da Direção Regional da Cultura do Centro (DRCC), diz que, um ano depois, falta dinâmica entre os diferentes agentes da cidade, observando que “as pessoas reúnem-se mas depois cada um vai à sua vida e cada um faz o seu plano de atividades”.

O trabalho conjunto entre UC, CMC e DRCC, entre outras entidades, “não se perdeu, mas não há uma concertação de vontades”.

“Não nos juntamos para perceber o que fazer para o futuro da cidade”, assinalou.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) decidiu a 22 de junho de 2013 integrar o conjunto Universidade de Coimbra, Alta e Sofia na lista do Património Mundial da Humanidade.

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