Coimbra

Câmara paga mais de metade do festival da Fundação Inês de Castro

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 21-06-2018

O diretor do Festival das Artes de Coimbra, Miguel Júdice, disse hoje que a edição 2018 do evento representa a capacidade de resistência e de resiliência de um projeto que vai para a 10.ª edição.

Cristina Castel-Branco e Miguel Júdice

Segundo Cristina Castel-Branco (esposa de José Miguel Júdice), presidente da Fundação Inês de Castro, organizadora do festival, com o apoio de mecenas e do município de Coimbra, esta é a iniciativa cultural do género mais “barata” do país, com um orçamento de 120 mil euros.

Mais de metade deste valor é adiantado pela Câmara de Coimbra que decidiu, por unanimidade, apoiar com 70 mil euros a Fundação Inês de Castro para a realização da edição deste ano do Festival das Artes.

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“Este ano, com o tema ‘Amores e Desamores’, vamos voltar à essência, ao tema central do festival, que é esta relação dos amores de Pedro e Inês. Vamos celebrar o 10.º aniversário, com este tema que é muito querido a nós e à cidade de Coimbra”, salientou Miguel Júdice, na apresentação do evento à comunicação social.

O Festival das Artes, em Coimbra, de 13 a 22 de julho, oferece nesta edição 24 eventos culturais distribuídos por sete ciclos, que dá preferência às artes e artistas de Coimbra, com o intuito de ultrapassar os 40 mil participantes do ano anterior.

Segundo Miguel Júdice, o festival “vai tentar recuperar alguns artistas do Centro que estão cá em Portugal, mas também lá fora [no estrangeiro], que é um esforço que se quis fazer este ano”.

“Quero destacar, no entanto, esta presença maior de intérpretes femininos – este ano vamos dar mais voz às mulheres, que são mais uma vez um tema muito central na Quinta das Lágrimas e de Coimbra”, sublinhou.

Para o diretor do 10.º Festival das Artes, a “presença de Inês de Castro vai estar em destaque na programação através de vários intérpretes femininos”.

“Vamos falar muito de amores, não só de Pedro e Inês, mas vamos falar do amor shakesperiano, com dois momentos em que o amor de Romeu e Julieta vai estar presente”, reforçou Miguel Júdice.

Para o presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, esta notável realização foi inovadora, pioneira na promoção de eventos com afirmação do sentido de presença da cidade.

“Este festival das artes é uma realização ímpar pelo voluntariado apaixonado com que tem conseguido mobilizar a cidade e o país para uma visita”, disse o autarca, salientando que o público tem uma “grande e estimulante oportunidade de conhecer mais coisas”.

Segundo Manuel Machado, o grande objetivo é “estimular esse sentido de pertença e de valor acrescentado que se consegue fazer, ano após ano, edição após edição”.

O Festival arranca no dia 13 de julho, às 18:00, na Sala de São Pedro da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (BGUC), com a abertura da exposição iconográfica e bibliográfica “Tu, só tu, puro Amor”, visões camonianas de Inês de Castro, um projeto da Equipa do Livro Antigo da BGUC e que assinala o Ciclo das Artes Plásticas.

O diretor do festival destacou o concerto “Amor Fatal” pela Orquestra Filarmónica Portuguesa e Yang Liu, no violino, e Osvaldo Ferreira, como maestro, no Convento São Francisco, logo no primeiro dia, a 13 de julho, às 21:30, no Convento São Francisco.

No Ciclo da Música, haverá ainda espetáculos de Sete Lágrimas, Orquestra Clássica do Centro, com Lara Martins, soprano, Andrew Swinnerton, maestro, ou ainda do pianista Geoffroy Couteau.

Ainda neste ciclo, haverá “Desamor e Drama”, pela soprano Sandra Medeiros e pelo pianista Francisco Sassetti, o fado de Beatriz em “Amor à primeira vista”, o de Joana Rodrigues Trio com “met AMOR foses.

O festival, segundo Miguel Júdice, encerra com “chave de ouro”, no dia 22 de julho, às 21:00, com o concerto “Amor e Saudade”, com a pianista Inês Costa e o maestro Pedro Amaral, no anfiteatro Colina de Camões.

“O piano e a voz vão marcar presença nesta programação”, sublinhou o diretor do evento, ressalvando que é um “pedido que sempre houve dos espetadores”.

O serviço educativo serve, por exemplo, uma “Viagem Literária – Antero de Quental, entre Coimbra e Bussaco”, mas também “Quem te ensinou a voar?”, uma animação multidisciplinar para a infância pela Camaleão, com conceção, direção e animação de José Geraldo e Claudia Vale.

O festival mostra a exposição “Os quadros também se namoram”, Amores e Desamores na Obra de Graça Morais – Coleção Privada Paço d’Arcos 

Na Gastronomia, “Amor às Lágrimas” – 4 Chefs – 4 Momentos, com os chefs Bruno Antunes, Tiago Bonito, Dionisio Ferreira e Vitor Dias.

No Cinema, a sugestão é um Drive In com West Side Story, no parque de estacionamento do Teatrão.

A cerimónia contou com a presença de várias figuras da vida politica e artística de Coimbra.

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