Cidade
Câmara não consegue encontrar empreiteiro para obras no Parque Manuel Braga!
A requalificação do Parque Manuel Braga, em Coimbra, foi posta hoje a concurso público pela segunda vez por um montante na ordem dos cinco milhões de euros, segundo a Câmara Municipal.
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Com esta obra, cuja abertura de concurso foi publicada hoje no Diário da República (DR), o município pretende melhorar “a atratividade da zona ribeirinha da cidade”, na margem direita do rio Mondego, disse à agência Lusa o presidente da autarquia, Manuel Machado.
Há dois meses, a Câmara de Coimbra aprovou a abertura de um novo concurso para a realização da empreitada “Requalificação do Parque Manuel Braga”, com um preço base de 4.545.430 euros (mais IVA à taxa legal em vigor) e um prazo de execução de 390 dias.
“Com um preço base e um prazo de execução superiores ao anterior”, mais 592.882 euros e mais 30 dias para a execução, este segundo concurso “surge, precisamente, porque o primeiro não foi adjudicado a nenhuma empresa, por falta de concorrentes”, de acordo com uma informação divulgada pelo executivo em 18 de julho.
A empreitada aposta numa “melhoria do património do ponto de vista arquitetónico e paisagístico, num sítio sublime da cidade”, incluindo “a construção de um muro novo”, explicou Manuel Machado.
O autarca socialista disse à Lusa que o paredão junto ao Mondego degradou-se nas últimas décadas devido à implantação do açude-ponte a jusante – o que fez subir o nível freático e apodreceu a estacaria de madeira – e ao crescimento das árvores do Parque Manuel Braga, que começou a ser construído em 1888, tendo as obras terminado já nos primeiros anos do século XX.
O também presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses salientou que se trata de “um parque emblemático da identidade de Coimbra, que passa a estar mais integrado” com o contíguo Parque Verde do Mondego, construído no âmbito do programa de requalificação urbana Polis e inaugurado em 2004.
No anúncio publicado no DR, é afirmado que o contrato de empreitada inclui “execução de microestacas para estabilização de muros, requalificação do património vegetal, revisão do sistema de rega automática, demolição do edificado existente, construção de edifício com funções de cafetaria, posto de venda dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) e instalações sanitárias públicas, reabilitação de estruturas existentes, execução de diversos trabalhos de drenagem pluvial, residual e abastecimento de água, repavimentação de acessibilidades, inclusão e renovação de mobiliário urbano, de iluminação pública e cénica”.
A empreitada avança com apoio de fundos comunitários ao abrigo do Plano de Ação de Regeneração Urbana (PARU) do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) de Coimbra.
Em janeiro, a Câmara candidatou o projeto ao programa Centro 2020, assegurando uma comparticipação do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) no valor de 3.302.868,12 euros.
A operação de requalificação do Parque Manuel Braga está “articulada com outras intervenções”, nomeadamente com a estabilização da margem direita do Mondego e a intervenção de desassoreamento do rio (que contam também com financiamento comunitário), sublinha a Câmara.
A autarquia adjudicou recentemente “outra intervenção nesta zona histórica da cidade”, visando a ampliação dos edifícios de restauração e requalificação dos pisos envolventes no Parque Verde do Mondego (contíguo ao Parque Manuel Braga), num investimento superior a 800 mil euros.
Notícias de Coimbra teve acesso a um documento da autarquia onde se pode ler que, no âmbito deste projecto, a Câmara Municipal de Coimbra vai mandar demolir o edifício onde funciona o restaurante Itália.
Manuel Machado afirmou ,mais do que uma vez ,que um dos espaços de restauração do Parque Verde foi “oferecido” ao restaurante Itália, que assim poderia continuar a operar na beira-rio.
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