Coimbra

Câmara não aceita que Coimbra continue a ser ignorada pelo ministério da Justiça

Zilda Monteiro | 2 anos atrás em 28-11-2022

A Câmara Municipal de Coimbra não aceita que a cidade seja “completamente ignorada na estratégia, no planeamento e no investimento do ministério da Justiça para os próximos anos”. O presidente da autarquia, José Manuel Silva, exige “um novo olhar” por parte deste ministério, bem como medidas concretas que correspondam aos “legítimos e há muito esperados anseios e expetativas do concelho”.

Este apelo foi feito esta segunda-feira durante a reunião do executivo, que está a decorrer na União das Freguesias de Assafarge e Antanhol, onde apresentou uma moção, que foi aprovada com as abstenções do Partido Socialista (PS), no final do período antes da ordem do dia.

José Manuel Silva adiantou que já solicitou “uma reunião urgente” à ministra da Justiça e lamenta que Coimbra seja, há décadas, “uma cidade esquecida pelo Governo no âmbito da Justiça e das instalações da Justiça”.

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A construção do novo Palácio da Justiça, que tem terreno reservado há 50 anos, é uma das obras que continua a gerar descontentamento, já que, apesar das sucessivas promessas de vários governos, continua a não haver qualquer certeza de que a obra seja construída no curto e médio prazo. O autarca questiona a razão de este projeto não ser candidatado ao PT2030 ou ao Plano de Recuperação e Resiliência.

Na moção apresentada, o presidente lamenta também a falta de dinheiro para as necessárias obras de reparação no Colégio de S. Tomás de Aquino, assim como não aceita que algumas instalações prisionais estejam a ser retiradas do centro das cidades e que o mesmo não suceda em Coimbra.

José Manuel Silva não aceita, ainda, que Coimbra não seja escolhida para receber outras infraestruturas da Justiça, como o Tribunal Central Administrativo ou um novo do Centro de Estudos Judiciários.

A moção foi aprovada mas contou com a abstenção dos vereadores do PS. A vereadora Regina Bento explicou que concordam com a posição da Câmara mas adianta que “não se podem rever no tom em que a mesma está redigida”.

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