Cidade
Crianças das escolas de Coimbra com diarreia por terem comido feijão azedo
Câmara de Coimbra confirma que feijão frade azedo foi servido em várias escolas do concelho.
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Em comunicado enviado a NDC, a Câmara Municipal de Coimbra refere que teve ontem conhecimento, através das visitas diárias que os seus técnicos efetuam a refeitórios escolares, da existência de comida imprópria para consumo durante o almoço.
Contactos com a fornecedora das refeições – a empresa ICA Indústria e Comércio Alimentar S.A. -, escolas e associações de pais também confirmaram a existência do problema, afirma.
A Câmara Municipal de Coimbra considera inadmissível a ocorrência de situações como esta e, nesse sentido, a empresa ICA está a ser hoje notificada, nos termos previstos do respetivo caderno de encargos, para efeitos de aplicação das respetivas correções e sanções, nomeadamente coimas.
Ontem, assim que detetou o ocorrido, a CMC deu conhecimento imediato à ICA no sentido de esta substituir as refeições afetadas. Em função dessa diligência, foram substituídas 854 refeições de 20 refeitórios. Em vez de atum com feijão-frade (o problema afetou esta leguminosa, que se encontrava azeda), os alunos comeram rissóis ou panados com arroz. Foram também recolhidas amostras da comida afetada para análise laboratorial.
Segundo a CMC, “Posteriormente, veio a concluir-se que a extensão do problema era maior, uma vez que afetou mais cinco estabelecimentos de ensino. Casos em que os funcionários da empresa consideraram que a comida se encontrava em condições, em que não houve possibilidade de proceder à substituição atempada das refeições ou que, quando a empresa avisou o refeitório, a refeição já tinha sido consumida. Algumas crianças queixaram-se de dores de barriga. Em menor proporção, houve casos de vómitos e diarreia”.
Face a alguns receios entretanto expressos, a CMC salienta que não se tratou de qualquer bactéria nem houve perigo de contágio.
A Câmara Municipal de Coimbra (CMC) endereça o seu pedido de desculpas a todos os alunos e encarregados de educação afetados por esta situação. O Município de Coimbra afirma que “não tolera nem pactua com situações deste tipo e exige a máxima qualidade aos fornecedores de refeições escolares”.
A ICA já confirmou a Notícias de Coimbra que o seu departamento de qualidade esteve reunido com a Câmara de Coimbra para analisar esta questão.
As situações estão identificadas e vão ser corrigidas, adiantou um dos responsáveis da empresa, que remeteu mais explicações para este comunicado da autarquia.
Na última reunião do executivo municipal de Coimbra, o vereador José Belo tinha denunciado situações deste tipo, mas Jorge Alves, o vereador responsável por esta área, referiu di que havia 5 a 8 visitas de vistoria por dia, mas não respondeu cabalmente à questão do representante da oposição, que pretendia saber quantos situações tinham sido detectadas.
No mesma sessão também se soube que a CMC adquiriu “uma plataforma de gestão escolar” à empresa EduBox. O Presidente da autarquia não divulgou qual o valor do investimento, mas NDC sabe que vai custar 68.748,38 €+ IVA.
Clique AQUI para ler a primeira notícia sobre este caso.
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