Coimbra
Câmara embarga construção do Templo Ecuménico e Universalista
A Câmara Municipal de Miranda do Corvo embargou a construção dos espaços exteriores, percursos e escadaria do “primeiro Templo Ecuménico e Universalista do mundo”.
PUBLICIDADE
A decisão surgiu, segundo Jaime Ramos, o mentor do projecto, devido à alteração na orientação da porta do Templo.
O líder da ADFP acrescenta ainda que depois de ter mandado arrancado os eucaliptos que existam no local, para criar um manto vegetal mais adequado, a Fundação foi alvo de contra ordenações (multas) por parte da Câmara.
Para Jaime Ramos, “esta defesa dos eucaliptos por parte da câmara tem merecido alguns comentários irónicos por parte de pessoas que não compreendem a situação. A Fundação com base num parecer da Comissão de coordenação da Região Centro, que superintende na Reserva Ecológica Nacional, entregue na Câmara, já requereu o levantamento do embargo e vai dar continuidade à obra cuja inauguração se pretende ser no dia 11 de setembro de 2016”.
Jaime Ramos adianta que este problema foi desvalorizado num almoço efectuado no estaleiro da obra, “oferecido pelos empreiteiros Luciano Martins e o filho, Eng.º Marco Martins”, que celebrou a finalização da descofragem do betão da pirâmide que se ergue no topo da colina do Parque Biológico da Serra da Lousa, em Miranda do Corvo
No momento, o presidente do Conselho de Administração da ADFP, Jaime Ramos, o idealizador deste projeto, teve oportunidade de observar a pirâmide de base quadrangular, e o círculo no seu interior, centro de espiritualidade. 0 interior será iluminado pela luz de círculos abertos nas faces e também pela que vem da abertura no seu vértice e onde será colocado o teto de vidro.
Haverá uma fresta que permitirá que diariamente, ao meio dia solar, a luz do sol incida no centro da construção. A pirâmide, que chegará então aos 13,40 metros de altura, a mesma dimensão do Templo de Salomão construído em Jerusalém, poderá ser vista dos concelhos de Lousã a Penela e Coimbra até Poiares, conta Jaime Ramos.
Sobre a construção da pirâmide, Luciano Martins considerou que a obra “está a correr dentro do normal e penso que estamos a cumprir o tempo de construção estipulado, que é de um ano na totalidade do volume de obra”.
O empreiteiro, bem conhecido no concelho, confessou que esta obra “é um bocado diferente, nada tem a ver com um prédio”, e vaticinou que “será o ex-libris de Miranda do Corvo, sendo uma obra diferente de todas as outras”.
Já Jaime Ramos não quis tecer mais considerações, já que “estamos aqui a fazer um almoço de amigos, convidados pelo Sr. Luciano e o filho Marcos: estamos a cumprir uma tradição, antiga quando se punha um ramo de loureiro quando se terminavam os betões ou chegávamos aos telhados”.
Também presente, o Padre Daniel, presidente do Conselho Geral da Fundação e professor de História comparada das Religiões, exprimiu o principal sentimento que lhe surgiu diante desta obra: “É no sentido da tolerância, no sentido em que as religiões devem colaborar para a paz e fraternidade entre as pessoas, e não lutarem umas contra as outras, porque isto não é uma questão de concorrência: é sim uma questão que, se tiverem como princípio que Deus é amor – e elas todas acreditam no mesmo mas principalmente as 3 religiões monoteístas -, se é amor não é guerra mas sim paz e convivência entre todos”.
Related Images:
PUBLICIDADE