Câmaras
Câmara de Soure dá tolerância de ponto para funcionários protestarem contra fecho do tribunal
A Câmara de Soure deliberou conceder hoje tolerância de ponto aos seus funcionários, para que possam participar no protesto desta tarde contra o encerramento do tribunal judicial da Comarca local.
O presidente da Câmara de Soure, Mário Jorge Nunes (PS), explicou à agência Lusa que também o comércio local pode encerrar com vista a uma participação maior no protesto.
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Esta iniciativa surge depois de a Câmara e a Assembleia Municipal terem manifestado o seu “veemente repúdio”, através de uma moção aprovada por unanimidade, pela decisão da Administração Central em pretender extinguir a Comarca de Soure, convertendo-a numa Secção de Proximidade.
Mário Jorge Nunes, que cumpre o seu primeiro mandato como presidente da Câmara, disse à Lusa que o edifício pertence ao Ministério da Justiça e que, por isso, não há qualquer encargo suplementar que coloque em causa o fecho do tribunal.
A delegação local da Ordem dos Advogados realiza hoje, durante a tarde, uma ação de protesto em frente ao edifício do Palácio da Justiça.
Além de conceder tolerância de ponto, a Câmara de Soure autorizou ainda o uso das instalações municipais, designadamente do Salão Nobre dos Paços do Concelho, para uma sessão de esclarecimento sobre a reforma judiciária, organizada pela Delegação de Soure da Ordem dos Advogados.
A Câmara garantiu que tudo irá fazer “na defesa intransigente dos interesses dos seus munícipes e que continuará a lutar pela existência de um Tribunal de Soure”.
Mário Jorge Nunes considerou, ainda, que a “existência de tribunais, um dos símbolos da Soberania e da Democracia, constitui um fator de coesão territorial e de desenvolvimento económico e social, contribuindo para a fixação das populações”.
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