Câmara de Penacova, no distrito de Coimbra, teve um resultado líquido negativo de 1,5 milhões de euros em 2022, menos 400 mil euros do que em 2021, afirmou hoje o presidente do município.
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“Apesar de todos os condicionalismos, das taxas de juro, da inflação, dos orçamentos de guerra, conseguimos reduzir o saldo líquido negativo de 1,9 milhões de euros em 2021 para 1,5 milhões de euros em 2022. Recuperámos 400 mil euros”, disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Penacova, Álvaro Coimbra (PSD).
O Relatório de Gestão e Prestação de Contas de 2022 foi aprovado com os votos contra dos vereadores do PS na reunião do executivo de 13 de abril.
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Segundo a informação disponibilizada na minuta da ata daquela reunião que a Lusa consultou, para além de se registar um resultado líquido negativo de 1,5 milhões de euros, a Câmara de Penacova apresentou um passivo em 2022 de 6,8 milhões de euros, mais 700 mil euros do que em 2021.
“Estamos a reduzir o saldo líquido negativo e a dar passos para a sustentabilidade. Tendo em conta o atual contexto, será muito difícil inverter totalmente a tendência já neste ano”, frisou Álvaro Coimbra.
O autarca vincou que a autarquia continua com “fortes constrangimentos financeiros”, recordando que a decisão de não realizar as festas concelhias, anunciada em março, é “um sinal” de que o município “está a apertar o cinto fortemente”.
Aquando do Relatório de Gestão de 2021, Álvaro Coimbra considerou que o executivo herdou “uma situação financeira do anterior executivo [do PS] extremamente preocupante”.
“Só em 2021, ano de eleições autárquicas, o anterior executivo deixou uma despesa comprometida, mas não paga, de 2,3 milhões de euros”, referiu, na altura, o autarca.
À data, o ex-presidente da Câmara de Penacova, Humberto Oliveira, defendeu que a situação do município era “perfeitamente sustentável e gerível”.
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