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Câmara de Coimbra vai comprar edifício na Baixa para acolher empresas

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 18-10-2022

A Câmara de Coimbra vai comprar um edifício na Praça do Comércio, na Baixa, para acolher ‘startup’ e novas empresas, naquele que é um primeiro passo de “um plano Marshall” para aquela zona, afirmou hoje o presidente do município.

“Já chegámos a entendimento para adquirir um prédio na Praça do Comércio para recuperarmos e transformarmos e darmos vida” àquele espaço, disse à agência Lusa José Manuel Silva, que tomou posse como presidente da Câmara de Coimbra há um ano, depois de encabeçar a coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS-PP/Nós, Cidadãos!/PPM/Aliança/RIR e Volt), que conquistou a autarquia ao PS.

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Segundo José Manuel Silva, o edifício, que vai representar um investimento de cerca de 1,4 milhões de euros (600 mil euros na aquisição e o restante na sua requalificação), terá o rés-do-chão afeto ao comércio e os restantes andares prontos para acolher ‘startup’ ou empresas “que se queiram instalar” na cidade e possam ter ali um espaço provisório enquanto definem uma sede definitiva.

“Será um espaço arranjado em ‘open space’ para ‘startup’” e também como local de transição “para novas empresas que se queiram instalar”, num prédio que tem cerca de 900 metros quadrados de área.

Em entrevista à agência Lusa, o presidente da Câmara realçou que a decisão se prende com a constatação de que “não há, em Coimbra, prédios de escritórios”.

A compra e a intervenção naquele prédio estarão já previstas para o Orçamento Municipal de 2023, sendo um primeiro passo “no plano Marshall para a Baixa”, uma das bandeiras da sua campanha, frisou.

“Temos como objetivo – não sei se o conseguiremos ou não – comprar 30 prédios da Baixa e recuperá-los para várias finalidades. Não sabemos se esse projeto será financiado e em que dimensão, mas é fundamental que a administração local dê esse sinal aos investidores de que está a apostar na revitalização da Baixa e que dê o impulso que a Baixa precisa, que tem um potencial de crescimento, nomeadamente com a passagem do metrobus”, realçou.

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De acordo com José Manuel Silva, o investimento global estaria na ordem dos 60 milhões de euros, numa média de dois milhões de euros por prédio (aquisição e reabilitação), que dariam resposta não apenas à instalação de empresas, mas também para “atividades culturais, residência e outras finalidades que a Baixa possa receber”.

“Esse investimento seria suficiente para mudar a face da Baixa”, vincou.

Um ano após tomar posse, José Manuel Silva realçou que já implementou “uma dinâmica de trabalho intensa”, tendo realizado “cerca de 1.300 reuniões com entidades externas”.

“O facto de recebermos os empresários em conjunto com a Universidade de Coimbra, o IPC [Instituto Politécnico de Coimbra], o IPN [Instituto Pedro Nunes] e o IParque dá outra imagem de Coimbra”, disse, considerando que o atual executivo tem tido um maior foco na captação de novas empresas para se instalarem em Coimbra.

Depois de ter sido anunciada a instalação de um escritório da francesa Airbus na cidade, José Manuel Silva salientou que “há mais duas [empresas] na calha”, que em breve irão instalar-se no concelho, mas escusou-se a avançar com pormenores sobre esses processos.

Com um mandato que apanha a transição entre dois quadros comunitários e um orçamento afetado pela crise económica, José Manuel Silva admitiu as dificuldades de governar durante os próximos três anos, mas vincou que pretende chegar ao final do mandato com vários projetos definidos no âmbito do próximo quadro comunitário.

Quanto ao orçamento municipal para 2023, o autarca acredita que este terá como maior marca “a marca da guerra na Ucrânia”.

“Não posso dizer que é o nosso orçamento. Sê-lo-á em termos de definição estratégica, mas em termos de financiamento estamos condicionados pelos efeitos da guerra e pelo facto de estarmos entre quadros comunitários”, referiu.

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