Coimbra
Câmara de Coimbra promete 209 quilómetros de novas ciclovias. Que pedalada!
O Executivo vai deliberar, na reunião de Câmara de segunda-feira, dia 5 de fevereiro, uma proposta do “Plano Ciclável de Coimbra”, com a criação de 209 quilómetros de novas ciclovias em continuidade com a rede atual, que tem 26 quilómetros.
O Plano Ciclável de Coimbra prevê a criação de 209 quilómetros de novas ciclovias em continuidade com a rede atual, com 26 quilómetros. “Uma rede que prevê 110 quilómetros de ciclovias estruturantes e 125 quilómetros de vias locais, incluindo as infraestruturas já existentes, planeadas e propostas”, explica o autarquia. “O plano é um guião na definição de intervenções no espaço público, quer sejam elas de origem pública ou privada, e identifica as intervenções consideradas prioridades de investimento pelo município, no âmbito da rede ciclável”.
No documento é ainda identificado o estado de “maturação processual” das ciclovias, em Coimbra. Assim, neste momento, em execução está um só projeto, intermunicipal, designado por Ciclovia do Mondego. Há três projetos em estudo prévio: Ligação entre a Solum e o Alto de São João, Ligação entre a Solum e a ciclovia da Avenida Cónego Urbano Duarte e Ciclovia do Leito Periférico Direito. De referir, ainda, que o projeto intermunicipal Ciclovia do Rio Ceira está em fase de estudo do traçado, sendo que todas as restantes ciclovias são, apenas, planos: Ligação Santa Clara/S. Martinho do Bispo, Travessia do Mondego, entre Arnado e Avenida de Conimbriga, Travessia do Mondego, Ponte Rainha Santa Isabel, Prolongamento da ciclovia da Estrada de Eiras até à Adémia e Ciclovia Ponte Açude- Bencanta- Vale do Rosa.
À mesma reunião vai ainda o estudo prévio para a Extensão da ciclovia de Coimbra à Solum – Eixo Alto de S. João/Cidral, identificado no Plano como prioritário. Com esta extensão pretende intersetar-se a ciclovia do Vale das Flores com a extensão à Solum. A proposta de extensão da ciclovia de Coimbra à Solum apresenta-se como um “grande desafio” – refere-se na informação – por ser uma intervenção num tecido urbano consolidado e denso, com grandes volumes de circulação rodoviária e elevada pressão de estacionamento. É, também, uma zona onde a circulação pedonal é intensa, muito devido à grande presença de usos mistos (habitacionais e variados serviços, comércio e educação).
Estima-se um valor de 2,8 milhões de euros para sua a execução. Este valor é extrapolado, segundo os serviços municipais, da estimativa orçamental do projeto da Estrada da Beira, elaborado em 2018, e dos valores de obra para trabalhos similares, atualmente, em curso, nomeadamente na Estrada de Eiras e as ciclovias da primeira fase. “Na próxima fase de desenvolvimento do projeto, deverão ser consultados alguns proprietários cujas propriedades confinam com a área de intervenção e em que há benefício em negociar alguns ajustes de modo a melhorar as condições pedonais. É o caso dos números 71 e 5 da Rua Monsenhor Nunes Pereira junto à Fonte da Cheira, assim como o terreno propriedade da E-Redes junto à rotunda da Avenida Mendes Silva”, acrescenta a informação.
A intervenção proposta procura dar resposta “ao desafio de implementar uma ciclovia segura e contínua, mas também promover uma melhor qualidade de vida urbana para o local, pelo que contempla o alargamento de passeios e a criação de espaços de estadia e socialização, arborização e intensificação da biodiversidade, criação de zonas permeáveis e introdução de sistemas de drenagem sustentável, além de atualizar as redes de infraestruturas existentes de modo a reduzir perdas e custos de operação”.
No âmbito do estudo, são alterados os sentidos e as prioridades de circulação, de modo a reduzir o tráfego de atravessamento e a direcionar a circulação interzonal, por exemplo, para a Avenida Fernando Namora e a futura Avenida da Lousã. O objetivo é tornar estas vias mais seguras para peões e ciclistas, mas também mais atrativas de modo a fixar comércio de qualidade, e mais confortáveis silenciosas e despoluídas. Trata-se de uma extensão de cerca de dois quilómetros que leva à redução de apenas de dez lugares de estacionamento e ao aumento do coberto arbóreo em cerca de 250%, face ao atual.
Os dois documentos que vão, agora, ao Executivo foram apresentados na Semana Europeia da Mobilidade, que ocorreu de 16 a 22 de setembro do ano passado, e foram desenvolvidos pela Divisão de Projetos e Divisão de Mobilidade Urbana, já integrando contributos recolhidos na referida apresentação pública. No entanto, após a aprovação, é intenção haver um esforço na divulgação do projeto através de diversos meios, de modo a conseguir-se a atenção e a participação da população.
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