Cidade

Câmara de Coimbra defende construção da barragem de Girabolhos

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 07-02-2022

O presidente da Câmara de Coimbra lançou hoje um apelo ao próximo Governo para que complete as obras de regularização do rio Mondego, em particular a construção da barragem de Girabolhos, no concelho de Seia, que considerou fundamental num contexto de seca.

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“Fazemos um forte apelo ao próximo Governo para que complete as obras de regularização do rio Mondego com as verbas disponibilizadas no PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], muito particularmente com a construção da barragem de Girabolhos, fundamental para reforçar as reservas nacionais de água, um bem estratégico e vital, e para prevenir as cheias do Mondego”, afirmou o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, que falava durante a reunião do executivo do município, que decorreu hoje de manhã.

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Recordando como as alterações climáticas agravam o risco de fenómenos extremos como secas ou inundações, José Manuel Silva recordou que a construção daquela barragem chegou a estar prevista no projeto da obra hidráulica de regularização do rio Mondego, sendo também “fundamental para a reserva estratégica nacional de água”.

“A barragem de Girabolhos, com as outras duas barragens desenhadas para montante da Aguieira (Midões e Asse Dasse), permite duplicar a capacidade útil de regularização do Mondego e armazenamento de água, passando dos atuais 365 hectómetros cúbicos para 889”, sustentou o presidente da Câmara, eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra.

Em 2019, a secção regional do Centro da Ordem dos Engenheiros defendeu que sem a construção da barragem de Girabolhos, cancelada em 2016, será “muito difícil” travar a repetição de cheias no Mondego.

O vereador do PS Carlos Cidade salientou que, perante a seca que hoje se constata de norte a sul do país, caberá ao Governo decidir “em torno das prioridades que se colocam em cada momento”.

O também vereador socialista José Dias recordou que em 2021 tinha sido aprovado o Programa Municipal para as Alterações Climáticas (desenhado pelo anterior executivo liderado pelo PS) e questionou o presidente da autarquia sobre a monitorização do plano de ação desenhado e qual o ponto de situação da constituição de uma comissão de acompanhamento desse mesmo documento.

“Há uma urgência em fazer esse plano acontecer”, vincou.

Em resposta, José Manuel Silva disse que o programa era “um conjunto de boas intenções e de linhas sem métrica nenhuma”.

O programa com quase 200 páginas que a agência Lusa consultou apresenta um plano de ação, no capítulo sete, enumerando várias medidas com linhas temporais definidas e datas-limite para implementação de diversas iniciativas e projetos.

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