Desporto
Câmara da Figueira da Foz adia discussão de regulamento do complexo desportivo
A autarquia da Figueira da Foz adiou hoje a discussão do novo regulamento do complexo desportivo municipal, tendo o presidente da Câmara alegado que o documento possui “algumas deficiências” e tem de ser revisto.
Intervindo na reunião do executivo, João Ataíde retirou a proposta de novo regulamento da agenda da reunião: “Foram apresentadas algumas propostas, nomeadamente do Ginásio [Figueirense, que criticou o documento, alegando que ele viola normas legais] (…). Parte do texto não está legível e é suscetível de ser alvo de alguma apreciação jurídica”, justificou o autarca.
João Ataíde lamentou ainda que o documento tenha sido alvo de discussão “em público” previamente à reunião da autarquia, afirmação que motivou críticas da oposição camarária.
“Ainda não consegui perceber o que é isso de lamentar que tenha sido discutido publicamente. Vossas excelências prepararam um regulamento e não ouviram os interessados, não pode ficar ofendido pelo direito à indignação de quem não foi ouvido”, ripostou Miguel Almeida, vereador da coligação Somos Figueira (PSD/CDS-PP/MPT/PPM).
Hoje, no período reservado à intervenção do público, a presidente do Ginásio Figueirense, Ana Rolo, leu um documento, subscrito por aquele clube e outros cinco emblemas do concelho da Figueira da Foz, no qual reclamam o acesso ao equipamento municipal – nomeadamente aos relvados sintéticos – e manifestam a sua “frontal oposição” ao novo regulamento.
Contestam, nomeadamente, o “direito de preferência” atribuído aos atletas que representam a Naval 1º de Maio “ou outra instituição que se venha a constituir”, frisando que o regulamento viola o princípio da igualdade e “estabelece uma distinção entre crianças e jovens de primeira e crianças e jovens de segunda”.
Os subscritores manifestam, no entanto, “total concordância” com a resolução, por incumprimento, do protocolo de cedência do complexo desportivo municipal à Naval 1º de Maio – que será hoje discutido e votado – defendendo que a Câmara, ao assumir a gestão daqueles equipamentos, deverá fazê-lo “mediante a previsão de critérios rigorosos, objetivos, imparciais e sempre com respeito pelo princípio da igualdade”.
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