Câmara abre concurso para a Praia de Palheiros e Zorro ter uma ponte a sério
A abertura do concurso público para a construção de uma nova ponte definitiva sobre o rio Mondego, na Praia Fluvial de Palheiros e Zorro, vai ser discutida na próxima reunião da Câmara Municipal de Coimbra (a realizar dia 10 de julho), tal como anunciado pelo presidente da autarquia, Manuel Machado, a 24 de junho último, aquando do hastear da Bandeira Azul 2017 e da bandeira “Praia Acessível – Praia Para Todos” nesta estância balnear.
PUBLICIDADE
A futura ponte definitiva consiste na execução de uma estrutura metálica sobre o Rio Mondego, ligando as duas margens para garantir a acessibilidade à Praia Fluvial de Palheiros e Zorro, substituindo assim o passadiço de madeira temporário existente, que obrigava à sua reposição quando era levado pelas cheias.
A nova obra de arte permitirá a travessia não só de peões, mas também de bicicletas, em condições de perfeita segurança durante todo o ano, valorizando e consolidando o “Trilho do Mondego”, que se desenvolve desde a Mata Nacional de Vale de Canas, no Picoto dos Barbados, passando pela Praia Fluvial de Palheiros e Zorro e continuando pela margem esquerda do rio até ao limite do concelho.
Para além da execução da ponte, que terá uma extensão de 145 metros e que estará assente em pilares de betão armado, a empreitada inclui intervenções nas margens, para a sua consolidação, e nos acessos à nova ponte, estando ainda prevista a remodelação de serviços afetados e a execução de rede de baixa tensão para permitir a instalação de iluminação pública.
Esta obra, cujo projeto foi apresentado no passado mês de abril, totalizará um investimento aproximado de 628 mil euros (IVA incluído) e permitirá, também, a circulação de veículos ligeiros de emergência, razão pela qual irá dispor de barreiras amovíveis dissuasoras de trânsito automóvel.
A qualidade ambiental e paisagística, bem como a proximidade de Coimbra, têm motivado uma utilização cada vez mais intensa da Praia Fluvial de Palheiros e Zorro, principalmente nos meses de verão. A implementação da nova ligação foi estudada por forma a garantir uma boa inserção em ambas as margens do rio, procurando minimizar o impacto, sobretudo na margem esquerda, onde a ponte e os acessos se elevam em relação à envolvente. Na margem direita, o espaço de entrada no tabuleiro é garantido por uma plataforma que estabelece o apoio da ponte e a relação de cotas entre o arruamento e o caminho que sobe até à estrada nacional 110 e o acesso ao rio através da Rua Porto Meio.
A cota definida para o tabuleiro da ponte é determinada pela cota de cheia centenária e margem de segurança. A ponte proposta é uma estrutura treliçada de perfis de aço que se desenvolve entre dois maciços de acesso em betão armado, localizados nas margens. Apresentará três tramos com idêntica secção transversal e dois de remate, em consola, junto às margens. A dimensão dos vãos é de cerca de 10 metros, junto às margens, a que se juntam três vãos de aproximadamente 40 metros, para um total de 145 metros entre apoios.
O tabuleiro da ponte terá 2,50m de largura e pendente inferior a 2%. No total, a estrutura mede 3,50m de largura e 3,50m de altura. O pavimento será em chapa galvanizada perfurada.
Os quatro pilares da futura travessia implantam-se no leito do rio. A sua localização foi estudada e definida por forma a minimizar o impacto no curso de água e, em simultâneo, garantir vãos economicamente viáveis para a estrutura da ponte e viabilidade do investimento. Os pavimentos das duas rampas de acesso vão ser feitos em betão e as pendentes foram projetadas por forma a garantir a acessibilidade a pessoas com mobilidade condicionada.
O desenvolvimento deste projeto implicou contactos regulares com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), no sentido de se definirem parâmetros hidráulicos determinantes para a cota da ponte. Refira-se que a APA já emitiu a respetiva Autorização de Utilização de Recursos Hídricos. Tendo ainda em conta que a ponte irá ocupar solos integrados nas cartas da Reserva Agrícola Nacional (RAN) e da Reserva Ecológica Nacional (REN) do Plano Diretor Municipal (PDM) do concelho de Coimbra foram também já emitidos pareceres favoráveis pela Entidade Regional da Reserva Agrícola Nacional do Centro e pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro.
Related Images:
PUBLICIDADE