Com a chegada das temperaturas elevadas, as condições dentro das salas de aula do Jardim de Infância da Quinta das Flores têm-se tornado insuportáveis para as crianças.
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A comunidade escolar tem denunciado, repetidamente, a falta de soluções eficazes por parte das entidades responsáveis, que têm desconsiderado a gravidade do problema durante anos. Como uma encarregada de educação afirmou: “Esta situação arrasta-se há anos sem que sejam implementadas soluções concretas por parte das entidades responsáveis, que continuam a desconsiderar a gravidade do problema.”
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A situação agrava-se especialmente entre o final de março e meados de outubro, quando “em dias quentes, o calor torna-se particularmente insuportável dentro das salas de aula”, conforme explicou Carolina Cardantas.
A orientação solar do edifício, voltado para sul, resulta numa exposição solar intensa durante todo o dia. A isso soma-se o mau funcionamento das caixilharias, que impossibilitam a ventilação adequada, exacerbando ainda mais o calor no interior das instalações. “Parte das janelas não abre sequer devido às ferragens estarem partidas, comprometendo a ventilação adequada e aumentando significativamente a temperatura no interior das instalações”, destacou a responsável pela sala 1.
Este cenário tem causado desconforto considerável às crianças, que têm “dificuldade em concentrar-se e realizar as suas atividades num ambiente tão adverso”, além de representar “um risco para a saúde, especialmente em períodos de calor extremo”, como salientou.
Além do problema relacionado com o calor, existem outras deficiências nas infraestruturas da instituição que comprometem a segurança e o bem-estar dos alunos. “O teto da sala 2 tem um buraco”, alertou a responsável pela sala, e “na EB1, continua a entrar água, mesmo nos locais que supostamente foram intervencionados”, enumerou.
“Lamentavelmente, a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia têm adotado a postura de esperar que a Associação de Pais e Encarregados de Educação da Quinta das Flores resolva questões que são da sua competência”, vincou a encarregada de educação.
Em resposta ao NDC, a Câmara Municipal de Coimbra (CM) informou que “o pedido foi recebido e encaminhado para a unidade orgânica responsável”, sublinhando que para uma gestão mais eficiente e célere, todas as anomalias relacionadas com as infraestruturas devem ser reportadas pela própria escola ou pela Direção do Agrupamento através da plataforma específica, que já é conhecida e divulgada entre a comunidade escolar.
No e-mail é referido que a Autarquia “está a analisar a possibilidade de instalar aparelhos de ar condicionado no edifício, reconhecendo a necessidade de uma solução para mitigar os efeitos do calor”.
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