Coimbra

Bruno Carvalho “lança” Rádio Nacional de Desporto

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 07-04-2018

Bruno Carvalho registou a marca RND – Rádio Nacional de Desporto e já comprou pelo menos uma frequência para a sua emissora!

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bruno carvalho

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Este Bruno Carvalho não é o presidente do Sporting Clube de Portugal. Como se sabe, Bruno Miguel de Azevedo Gaspar de Carvalho, o líder do sitiado clube de Alvalade,está muito ocupado no Facebook, pelo que ainda não será desta que o SCP terá uma rádio para completar o seu portefólio de media.

O Bruno Carvalho responsável por esta novidade é do Sport Lisboa e Benfica. Falamos de Bruno António Serzedelo da Costa Carvalho. Empresário que ganhou notoriedade mediática quando concorreu e perdeu as eleições para a liderança do Benfica.

O dinâmico empreendedor desenvolveu o Porto Canal, em conjunto com a Medialuso (dos espanhóis da Mediapro), um projecto deficitário que acabou por ser salvo pelo Futebol Clube do Porto. Antes, tinha sido director da NTV, que se transformou em RTPN (atual RTP3). É ainda responsável pelo lançamento da angolana Palanca TV e mentor de outras iniciativas.

Bruno Carvalho, 50 anos,  nasceu na Guiné-Bissau, mas vive em Portugal desde tenra idade. É licenciado em Economia e tem um MBA em marketing.

A primeira frequência conhecida da RND Rádio Nacional de Desporto é na Póvoa de Varzim, pois Bruno Carvalho, através da sua RDD – Rádio Desporto, S.A, comprou a frequência local 89 FM.

A RDD Rádio Desporto, com sede no Porto, tem como administradores Bruno Carvalho e o médico portuense João Espírito Santo.

A frequência poveira era detida por uma empresa controlada por Acácio Marinho e através do serviço de programas Rádio 5 costuma(va) transmitir o relato dos jogos do Futebol Clube do Porto.

Acácio Marinho, um antigo técnico de som da RDP, comprou e vendeu mais de uma dúzia de emissoras, sobretudo no grande Porto, mas também na área de Lisboa e região Centro. Directa ou indirectamente, tem como sócio Elísio Oliveira, antigo director do Centro de Produção do Norte da RTP e ex-vogal do Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), entidade que delibera sobre estas transacções.

Na lista de compras e vendas de Acácio Marinho destacam-se rádios em Espinho, Barreiro, Almeida, Viseu, Aveiro, Maia, Matosinhos, Póvoa de Varzim, Vila do Conde e São João da Madeira. Uma boa parte delas foi vendida aos grupos Media Capital e R/Com para rádios como a M80, Smooth FM, Cidade, Mega Hits e Rádio Sim. Foi este bem sucedido empresário, com base operacional na Maia,  que comprou as rádios do Grupo Lena, bem como o posto emissor que o  Diário de Coimbra não conseguiu fazer vingar em Aveiro. A outra parte das frequências é mantida pelo empresário enquanto aguarda por comprador.

luis filipe vieira

A entrada de Bruno Carvalho no sector da radiodifusão surge depois do seu rival Luís Filipe Vieira ter anunciado por diversas vezes o lançamento da Benfica FM.

Com o Presidente do Benfica a adiar a sua promessa de mandato em mandato, Bruno Carvalho, de forma discreta, antecipa-se ao seu clube com o desenvolvimento desta rádio temática.

No mercado circulam informações que a Benfica FM pode surgir em frequências detidas pela Media Capital (Eduardo Moniz faria a ponte entre comprador e vendedor), de Acácio Marinho ou de emissores da Amadora ou Seixal, mas não se conhece nenhuma deliberação da ERC ou ANACOM a autorizar emissões do clube da Luz.

SCP e FCP já manifestaram interesse em ter as suas próprias rádios, mas não se existem diligências oficiais nesse sentido. Em fóruns da área chegou a ser escrito que os portistas estiveram interessados em adquirir esta Rádio 5 (com emissão na Póvoa de Varzim e Espinho).

Contactado por Notícias de Coimbra, Bruno Carvalho não respondeu, desconhecendo-se a data da primeira emissão da RND, bem como as frequências que poderá vir a adquirir para ter uma “rádio nacional de desporto”.

A futura estação de desporto irá “competir” com a Antena 1, Renascença e TSF, bem como com a cadeia de rádios liderada pela Golo FM (com frequências próprias em Amarante, Bombarral e Ponte de Sor), uma estação liderada por João Vinhas, concorrente de Acácio Marinho.

Coincidência ou não, em 2104,  a Medialuso, relacionado com Bruno Carvalho, registou no Instituto Nacional de Propriedade Industrial a marca “Rádio Golo”.

rádio coimbra

O acesso à actividade de radiodifusão é objecto de licenciamento, mediante concurso público, ou de autorização, nos termos previstos no Quadro Nacional de Atribuição de Frequências, salvaguardados os direitos já adquiridos por operadores devidamente habilitados. 

Não estando prevista a abertura de concurso para licenciamento de emissoras, apesar de existirem muitas frequências disponíveis em dezenas de concelhos, quem pretender entrar no sector “será obrigado” a comprar alvarás ou operadores de radiodifusão.

Notícias de Coimbra sabe que mais de metade das rádios locais atravessa dificuldades financeiras e que uma boa parte destas vão acabar por encerrar se não encontrarem investidor que as adquira.

Estações como a TSF, Cidade FM, Vodafone FM,  Smooth FM, M80, Rádio Sim ou Mega Hits optaram por comprar ou fazer acordos mais ou menos autorizados com estações locais para criarem “redes nacionais”.

A actividade de rádio que consista na difusão de serviços de programas através da Internet não carece de habilitação prévia, estando apenas sujeita a registo.

COIMBRA

Na Região de Coimbra existem 16 operadores licenciados para emissão de serviços de programas de radiodifusão local.

No final da década de 80, na sequência de um concurso polémico, foram atributos 3 alvarás de radiodifusão local no município de Coimbra. Um pertence à Rádio Universidade de Coimbra – 107.9 FM, única que mantém local. Os outros foram entregues à Beirastexto Lda – Rádio 90 FM Radiodifusão, Lda (ligada ao jornal As Beiras) e PRC – Produções Radiofónicas de Coimbra, Lda (uma sociedade da TSF com jornalistas da cidade), que posteriormente optaram pela classificação temática (musical) e cedência do controlo societário a grupos nacionais. A 90 FM retransmite a Mega Hits (grupo Renascença) e a 98.4 recebe o sinal da M80 (grupo Media Capital).  Associados a outros operadores destes grupos nacionais, não estão obrigados a ter emissões locais e a mudança de classificação do serviço de programas foi autorizada pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

No resto da região de Coimbra o panorama  também não é famoso. As rádios de Mira, Mortágua, Lousã e Tábua deixaram de emitir. Góis nunca teve rádio local.

Às duas temáticas de Coimbra, juntam-se  as sintonias de Cantanhede e Penacova, que retransmitem as também temáticas Vodafone FM e Cidade FM, do universo da já referida Media Capital.

Com emissão local restam a Boa Nova em Oliveira do Hospital, a Clube de Arganil, a da Pampilhosa da Serra (que emite em conjunto com a São Miguel de Penela a partir de Castanheira de Pera), a Dueça em Miranda do Corvo, a condeixense Regional do Centro, a Popular de Soure, a Beira Litoral em Montemor-o-Velho, a poiarense Mundial FM, a Rádio Clube da Pampilhosa – Mealhada e a Maiorca e Foz do Mondego na Figueira da Foz.

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