Coimbra

Brasileiro que matou sócio do Nicola já está a falar em tribunal

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 1 semana atrás em 11-09-2024

Geovani Ferreira Gomes, cidadão brasileiro, acusado de matar o sócio do café Nicola, aceitou falar e já presta depoimento no tribunal de Coimbra.

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O Tribunal de Coimbra começa a julgar esta quarta-feira, 11 de setembro, um homem de 37 anos acusado de matar o sócio do café Nicola, em Coimbra. O crime aconteceu em agosto de 2023.

Veja o vídeo do NDC:

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Recorde-se que o arguido, que vivia no concelho de Miranda do Corvo, é acusado de um crime de homicídio qualificado e um crime de profanação de cadáver, pelo Ministério Público (MP).

O homem, que trabalhava na construção civil em Coimbra, teria um perfil numa plataforma de encontros, onde terá publicado um anúncio onde propunha encontros de cariz sexual com outros homens, a troco de dinheiro.

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Foi nessa plataforma que terá conhecido a vítima, com quem marcou vários encontros entre julho e agosto de 2023, sempre na residência do arguido, situada em Miranda do Corvo.

Na manhã de 19 de agosto, um sábado, os dois homens voltaram a encontrar-se em casa do arguido, que partilhava residência com outros colegas de trabalho, que não estariam na habitação naquele dia.

Segundo o Ministério Público, no decurso das relações sexuais, a vítima terá manifestado “interesse em aprofundar o seu relacionamento com o arguido”, convidando-o a fugir para o Algarve, facto que não terá agradado ao acusado.

O homem terá interrompido o ato sexual, e, alegadamente, disse “que não era homossexual, que era casado e que não estava a gostar da conversa, virando costas ao ofendido e dirigindo-se para a casa de banho”.

O MP referiu que, na sequência dessa reação, o gerente do café terá desferido “um murro nas costas do arguido”, que, alegadamente, ficou enraivecido.

Na sequência da agressão, o arguido terá conseguido colocar o seu braço direito à volta do pescoço da vítima, aplicando-lhe um golpe conhecido como mata-leão, para o subjugar.

O homem terá depois guardado as notas que estavam na posse da vítima (340 euros), descartou os preservativos usados na sanita e tentou vender o carro do ofendido (sem sucesso).

Momentos mais tarde, depois de se ter deslocado a um café, colocou o cadáver dentro da fossa sética presente nas traseiras da residência.

Às 21:00 do mesmo dia, o arguido terá conduzido o veículo da vítima até um caminho florestal, abandonando-o no local.

Já no dia seguinte, com o alegado objetivo de neutralizar o odor emanado pelo cadáver junto da fossa, o arguido despejou para cima do corpo cal, carvão incandescente, tinta e lixo, afirmou o MP.

Nos dias posteriores ao crime, face às queixas dos colegas de casa do odor vindo da fossa, o arguido terá alegado que tinha matado um gato e que tinha colocado o cadáver na fossa, tendo vedado a tampa da mesma com bucha química.

Em 04 de outubro, o cadáver da vítima acabou por ser localizado pela PJ.

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