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Brasileira detida por roubar obras-primas da própia mãe avaliadas em 140 milhões de euros
A polícia brasileira anunciou hoje a detenção de uma mulher acusada de extorquir e roubar a sua própria mãe com a ajuda de falsos videntes, roubando obras-primas e outros objetos avaliados em 140 milhões de euros.
Um total de 16 quadros foram roubados, incluindo “O Sono” e “Sol Poente”, duas obras de Tarsila do Amaral, uma das grandes figuras do modernismo brasileiro, ambas avaliadas em dezenas de milhões de euros, de acordo com a imprensa local.
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A vítima de 82 anos tinha herdado a fortuna e as obras de arte do seu marido, Jean Boghici, um famoso colecionador que morreu há sete anos.
De acordo com os investigadores, tudo tinha sido habilmente orquestrado durante meses pela filha, a fim de confiscar a fortuna da sua mãe.
Três dos seus cúmplices foram detidos e dois outros continuam a ser procurados pela polícia.
No início de 2020, a vítima foi abordada pela primeira vez por uma chamada de um vidente que lhe disse que a sua filha estava gravemente doente, antes de a convencer a pagar somas astronómicas de dinheiro para que ela fizesse “trabalho espiritual” para a salvar.
Cinco milhões de reais (cerca de 950.000 euros) foram depositados nas contas de vários cúmplices.
Posteriormente, a filha despediu as trabalhadoras domésticas da mãe, mantendo-a isolada em casa durante a pandemia de covid-19.
Entretanto, a mulher idosa foi despojada dos seus pertences, incluindo as suas jóias e a valiosa coleção de pinturas, incluindo obras de Tarsila do Amaral, mas também de Di Cavalcanti, outro artista modernista brasileiro de renome.
“Sol Poente”, uma tela pintada por Tarsila do Amaral em 1929, foi encontrada debaixo de uma base de cama na casa de um dos suspeitos detidos e está estimada em 250 milhões de reais (cerca de 47 milhões de euros).
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