Coimbra

Bombeiros Voluntários suspendem informações operacionais a comandos distritais

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 09-12-2018
 

O Conselho Nacional da Liga dos Bombeiros Voluntários (LBP) aprovou “por unanimidade e aclamação de pé” suspender toda a informação operacional aos Comandos Distritais de Operações de Socorro (CDOS) a partir das 24:00 de hoje.

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“O Conselho Nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses, reunido hoje em Santarém, deliberou por unanimidade e aclamação de pé, suspender toda a informação operacional aos respetivos CDOS, a partir das 24 horas do dia 08 de dezembro de 2018”, é referido numa nota assinada pelo presidente da LBP, Jaime Marta Soares.

O Conselho Nacional “solicitou de imediato” a todas as associações e corporações de bombeiros voluntários que, a partir desta data, cumpram “a decisão tomada legitimamente” por este órgão, lê-se ainda no comunicado.

Ao início da tarde, em declarações aos jornalistas, em Santarém, o presidente da LBP já tinha anunciado que a Liga iria “abandonar de imediato” a estrutura da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), um “corte radical” de protesto contra os diplomas sobre as estruturas de comando aprovados pelo Governo.

Segundo Jaime Marta Soares, de imediato, os bombeiros deixam de participar na estrutura da ANPC, “não ouvindo nada do que dizem os CODIS (comandantes distritais operacionais)”, bem como em todos os eventos em que estejam representantes desta entidade ou membros do Governo, podendo mesmo “não participar no dispositivo dos incêndios florestais”.

Em causa estão as propostas aprovadas pelo Governo em 25 de outubro na área da proteção civil, com a maior contestação centrada nas alterações à lei orgânica da Autoridade Nacional de Emergências e Proteção Civil, futuro nome da atual ANPC, reivindicando a LBP uma direção nacional de bombeiros “autónoma independente e com orçamento próprio”, um comando autónomo de bombeiros e o cartão social do bombeiro.

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Marta Soares assegurou que esta atitude dos bombeiros não porá em causa a segurança e o socorro aos portugueses, garantindo que estes continuarão a funcionar “exatamente na mesma”.

“Nós sabemos organizar-nos em termos de comandos, nós tínhamos as nossas zonas operacionais, que nos retiraram e que estamos fartos de propor para serem repostas, que são ferramentas fundamentais para o enquadramento de uma estrutura de comando”, afirmou no final de uma reunião realizada hoje de manhã no Centro Nacional de Exposições, em Santarém, e cujas decisões serão sufragadas num congresso nacional.

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