Polícias

Bombeiros querem mais formação para preservar provas de ignição de fogos

Notícias de Coimbra com Lusa | 11 meses atrás em 27-12-2023

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), António Nunes, defendeu hoje o reforço da formação dos quadros das corporações para preservarem a zona das ignições dos fogos florestais de modo a facilitar a investigação de crime.

Falando à margem de uma homenagem feita pela LBP ao diretor nacional da PJ, António Nunes reconheceu que os “bombeiros estão alertados para a necessidade de circunscrever o local da ignição inicial”, mas é necessário mais apoio de formação.

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“É preciso entender que na maior parte dos casos os bombeiros são os primeiros agentes que chegam ao local” do início do fogo, disse António Nunes, acrescentando que o reforço da cooperação com as autoridades (GNR e PJ) tem permitido um aumento da “identificação de alguns suspeitos e da recolha de prova”.

“Nós poderemos não conseguir chegar ao criminoso que ateou o fogo se não houver essa atitude” por parte dos bombeiros, pelo que no futuro será necessária “uma maior interação entre a Polícia Judiciária e os bombeiros” na formação para a “preservação da prova, que é bastante importante”.

“O que nós queremos é ainda aprofundar um pouco mais essa formação” e “sensibilizar cada vez mais os nossos bombeiros para a necessidade de que quando chegam a um fogo e verifiquem a área de suspeita de ignição devem preservar tudo o que puderem”.

Será depois a recolha dos indícios que irá permitir, em muitos casos, que o suspeito “seja levado junto do Tribunal e condenado”.

“Aquilo que nós queremos, tal como a Polícia Judiciária e a GNR, é retirar do ambiente florestal quem, de forma não negligente mas criminosa, provocou o fogo posto”, acrescentou.

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