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Bombeiros do distrito de Coimbra (des)esperam com ambulâncias retidas nas urgências

Notícias de Coimbra | 3 meses atrás em 26-06-2024

Imagem: Arquivo

Há dias que são um verdadeiro inferno para as corporações do distrito de Coimbra, com as ambulâncias retidas nas urgências de várias unidades, nomeadamente no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e Hospital Distrital da Figueira da Foz.

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A Liga dos Bombeiros Portugueses alertou, esta terça-feira, 25 de junho, para as dificuldades das corporações devido aos constrangimentos nas urgências hospitalares que obrigam as ambulâncias a demorarem por vezes o dobro do tempo no transporte de doentes.

O NDC ouviu vários comandantes das corporações do distrito de Coimbra que retratam a situação que estão a atravessar.

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“O atraso na libertação das macas nos Hospitais da Universidade de Coimbra é uma preocupação para os operacionais”, nota o comandante dos Bombeiros Municipais da Lousã.

Esta terça-feira, 25 de junho, um homem de 36 anos que sofreu um acidente de mota, em Coimbra, entrou em paragem cardíaca e teve de esperar por uma ambulância de Condeixa, a mais de 20 minutos de distância.

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Em declarações ao NDC, o comandante da corporação condeixense frisou que “não havia ambulâncias disponíveis em Coimbra”.

Tiago Picão reforçou que a vítima “teve que aguardar pela chegada do transporte para ser encaminhado para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra”.

Segundo o comandante dos Bombeiros Voluntários de Góis as dificuldades nas comunicações com Centro de Orientação de Doentes Urgentes do INEM “já se registam há alguns meses”.

O NDC sabe que no Hospital Distrital da Figueira da Foz de segunda-feira para terça-feira, os Bombeiros Voluntários tiveram uma ambulância retida cerca de 12 horas.

A situação é confirmada pelo Gabinete de Comunicação da unidade hospitalar.  

“Confirma-se uma afluência mais significativa na segunda-feira, 24 de junho, com doentes a necessitar de internamento, o que levou a um tempo de espera mais prolongado”. No entanto é referido que ” a situação tem estado controlada  e sem constrangimentos de maior”.

Para o Comandante dos Bombeiros Voluntários de Coimbra  “não há quem não sinta estes constrangimentos das ambulâncias retidas”.

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBV) já pediu uma reunião à ministra da Saúde e vai também pedir uma reunião com urgência ao novo diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) sobre esta “situação complicada”, referiu à Lusa o presidente António Nunes.

O responsável sublinha que os constrangimentos nas escalas urgências não são apenas em ginecologia, obstetrícia e pediatria, mas sim em outras especialidades, como traumatologia, AVC e anestesia e frisou que a situação se tem vindo a gravar em várias regiões do país.

Em resposta ao NDC, o presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Coimbra salienta que “fruto de um conjunto de eventos, existe um sobre-afluxo aos vários serviços de urgência, que efetivamente provocaram algum impacto na nossa capacidade de resposta. Particularmente na urgência de adultos dos Hospitais da Universidade de Coimbra, onde houve alguns picos de procura durante o dia de hoje [26 de junho].

Alexandre Lourenço adianta que ” o regular funcionamento do serviço não foi afetado e não existe qualquer maca retida”.

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