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Bombeiros de V.N. de Oliveirinha acionam “botão de pânico” a pedir socorro mas o inferno das chamas apanhou-os

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 7 horas atrás em 19-09-2024

Imagem: DR

O chefe da equipa dos Bombeiros de Vila Nova de Oliveirinha que na terça-feira, 17 de setembro, foi apanhada pelas chamas, causando a morte a três soldados da paz, acionou o SOS do rádio SIRESP para dizer que estavam rodeados por chamas e a pedir socorro, mas a ajuda não chegou a tempo de evitar a tragédia.

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De acordo com o Correio da Manhã, “este botão de emergência, também designado por ‘botão de pânico’, é uma espécie de patilha laranja que existe na parte superior do rádio SIRESP e ao ser pressionada abre um canal de comunicação com o comando de operações”. Ao acioná-lo, o chefe da equipa ficou com “o sinal aberto” e “teve logo comunicação” com o comando da operação de combate ao incêndio.

“Confirmo que falei com o chefe de equipa assim que ele ativou o botão de pânico e que o pedido de ajuda foi prontamente respondido, com o envio de equipas para os socorrer, mas infelizmente não foi a tempo de evitar a tragédia”, disse ao jornal Rui Leitão, comandante dos Bombeiros Voluntários de Tábua.

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Assim que foi acionado o botão de pânico, o rádio SIRESP foi rapidamente identificado no Comando Sub-regional de Coimbra, que enviou as coordenadas geográficas para as equipas de socorro localizarem os bombeiros em perigo.

Uma das primeiras pessoas a chegar ao local e a localizar os corpos foi o noivo de Sónia Melo, a enfermeira de 36 anos que esperava casar no próximo ano. O homem também é bombeiro na corporação de Vila Nova de Oliveirinha. No incêndio morreram também Paulo Jorge Santos, de 38 anos, e Susana Carvalho, de 44 anos. A equipa integrava mais dois bombeiros, que conseguiram escapar à morte.

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“Os funerais dos três bombeiros vão realizar-se no quartel de Vila Nova de Oliveirinha e só deverão acontecer dentro de cinco a sete dias, já que terão de ser identificados através de testes de ADN, por os corpos estarem carbonizados”, revela a mesma fonte.

Sónia Melo e Paulo Santos, que eram bombeiros há 14 anos, além de cunhados, ficarão sepultados no cemitério que fica mesmo ao lado do quartel, enquanto Susana Carvalho irá para o cemitério de Covas.

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