Desporto
Belgas venceram e entraram para a história do Rally de Portugal Histórico
Um clássico entre clássicos. O Rally de Portugal Histórico voltou a ter emoção até ao final, paisagens de rara beleza natural e o charme dos automóveis clássicos, numa edição ganha pelos belgas Yves Deflandre e Jennifer Hugo. Dupla do Porsche 911 chegou à sua terceira vitória na prova do ACP, igualando o recorde de triunfos de João Mexia Leitão.
A 16.ª edição do Rally de Portugal Histórico justificou o estatuto da prova do ACP como uma das mais emblemáticas provas de Regularidade Histórica da Europa. Sete dezenas de equipas, na sua maioria estrangeiras, enfrentaram o desafio de percorrer mais de 2.000 quilómetros por algumas das mais belas estradas de Portugal continental, aos comandos de modelos que marcaram a história do automóvel e do Rally de Portugal.
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Entre estes, reinaram as diferentes gerações do Porsche 911, com a potência e a fiabilidade do carro alemão a permitir aos pilotos franceses e belgas uma performance difícil de igualar nos seletivos e exigentes troços do Rally de Portugal Histórico. Christophe Baillet foi o piloto a bater durante a primeira fase da prova, mas o vencedor da edição de 2021 atrasou-se na passagem pela lendária zona de Arganil, na etapa de quarta-feira. O compatriota Christophe Berteloot assumiu o comando, também ao volante de um Porsche, mas o francês não conseguiu suster a recuperação de Yves Deflandre. Foi em Mortágua que o belga navegado por Jennifer Hugo começou a construir a sua terceira vitória na prova, passando para a frente do rali e concentrando-se em gerir a vantagem até à chegada aos Jardins do Casino do Estoril, nas primeiras horas da madrugada de sábado, já depois da famosa ‘noite de Sintra’.
Portugueses no pódio
A consagração de Deflandre coincidiu com o famoso Estoril Classics, o palco ideal para o piloto belga celebrar o seu terceiro triunfo no Rally de Portugal Histórico, igualando o recorde de João Mexia Leitão. Berteloot ainda manteve o suspense quanto ao vencedor final, já que o francês terminou a escassos 5,3 pontos de Deflandre, com os portugueses Piero Dal Maso e Sancho Ramalho a também subirem ao pódio final, depois do seu Porsche 911 ter passado pela liderança do rali, ainda na primeira etapa.
Outra dupla portuguesa, Domingos Santos e Filipe Menezes, foi a quarta classificada, enquanto os espanhóis Joaquim Muntada Colom/Jan Rosa Viñas completaram um top 5 monopolizado pelas diferentes versões do Porsche 911 (produzidos entre 1970 e 1983). Na classificação de equipas, vitória para a Catalunya Team 1 Mediterrania, logo seguida pela Portugal Clássicos, enquanto o Alfa Romeo Giulia da dupla Jean-Guy Monmarthe / Nicolas Guiset triunfou na Categoria C.
Um total de 53 equipas chegaram ao final da prova, depois de 43 especiais e 2.060 quilómetros de percurso, um número que atesta a resistência das verdadeiras máquinas do tempo que abrilhantaram o XVI Rally de Portugal Histórico.
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