Política

BE quer apoios prolongados até final do ano e Orçamento do Estado “capaz” de responder à crise

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 04-07-2021

A coordenadora do BE exigiu hoje ao Governo que prolongue até ao final do ano todos os apoios decorrentes dos efeitos da pandemia, e defendeu a necessidade de um Orçamento do Estado “capaz” de responder à crise.

“O que nós precisamos agora e já, sim, é uma medida que prolongue todos os apoios até ao final do ano para todas as pessoas cuja atividade, seja por decreto ou pelas condições objetivas no nosso país, não está a acontecer ou está muito limitada”, defendeu Catarina Martins, pedindo que não se deixe “ninguém na mão”, nem se condene “à mais absoluta pobreza aqueles que, por causa da pandemia, ficaram sem o seu ganha pão”.

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Falando na apresentação dos candidatos do partido autárquicos à Câmara e à Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira, a líder bloquista defendeu que “esta é uma exigência tão simples como absolutamente essencial”.

“E se o primeiro-ministro reconhece que a recuperação será lenta em toda a Europa, reconheça também a dificuldade de quem trabalha neste país, essa recuperação lenta e a necessidade absoluta de prolongar todos os apoios pelo menos até ao final do ano”, salientou também.

Catarina Martins observou que o BE “tem recebido inúmeros e desesperados pedidos de tanta gente que, no momento da quarta vaga pandémica, quando o Governo institui novas limitações à atividade económica, estão sem nenhum apoio”.

Assinalando que o Governo “criou medidas avulsas” para apoiar aqueles cidadãos que não podiam trabalhar devido à pandemia mas também não tinham acesso ao subsídio de desemprego nem a apoios sociais, a coordenadora bloquista observou que essas medidas “foram acabando”.

“Calcula-se que no final do estado de emergência, a 30 de abril, houvesse 130 mil pessoas neste país, trabalhadores e trabalhadoras que foram impedidos de trabalhar por causa da pandemia e que dependiam destas prestações extraordinárias avulsas, e que de repente ficaram sem nada”, apontou, indicando que essas pessoas “mantêm-se sem nada, absolutamente abandonadas”.

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De acordo Catarina Martins, o Governo anunciou novas restrições à atividade económica, mas “deixou esta gente toda sem nenhum apoio”, tendo anunciado “apenas que ia renovar, e só por mais um mês, o apoio de quem tem apoios até ao fim de julho”.

“E a exigência de um país que responde à crise é não deixar abandonados aqueles que, por questões de saúde pública, não têm o seu rendimento do trabalho, não podem trabalhar, e esta é uma exigência mínima”, advogou.

A líder do BE sublinhou ainda que “chega de medidas mês a mês, chega de medidas que são feitas para tão poucas pessoas” que os critérios “servem muito mais para excluir do que para apoiar”.

Na iniciativa, Catarina Martins pediu ainda “que se faça finalmente um Orçamento do Estado capaz porque este país precisa de ter os instrumentos para responder a esta crise”.

A coordenadora do BE criticou também a entrevista do primeiro-ministro ao jornal Público no âmbito do fim da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, divulgada hoje.

“O primeiro-ministro deu hoje uma entrevista em que não diz uma linha sobre o país, é uma entrevista sobre a presidência portuguesa da União Europeia, que é aliás um tema que merece muito debate, mas eu acho que para lá desse debate, faz falta que se debatam as respostas concretas que o país está a dar neste momento à sua população”, considerou, apontando que “não vale fugir ao debate das soluções e ao debate das dificuldades”.

Na quinta-feira, a bancada parlamentar bloquista entregou na Assembleia da República um projeto de resolução (sem força de lei) que recomendava ao Governo o prolongamento dos apoios extraordinários para os trabalhadores independentes, decorrentes de pandemia.

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