Bares do Parque Verde vão abrir no Natal…de 2018?!

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 27-11-2017

A ampliação e requalificação dos edifícios de restauração do Parque Verde do Mondego, adjudicada pela Câmara Municipal por 778 mil euros à empresa Gargive, que tem seis meses para fazer a obra, pode demorar mais do que o previsto.

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Hoje, Manuel Machado informou o executivo que o processo vai voltar a passar pela Assembleia Municipal de Coimbra, pois, segundo o autarca, a Comissão de Comissão de Coordenação da Região Centro, exige nova deliberação da Assembleia Municipal para que depois possa emitir o seu parecer sobre esta “Ação de relevante interesse público para ocupação de áreas da Reserva Ecológica Nacional “, o que decerto irá fazer com o o processo se arraste mais uns meses.

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Notícias de Coimbra aguarda que a Câmara Municipal de Coimbra deixe consultar o processo para dar mais informações.

parque verde novo

Se tudo correr bem, os espaços de restauração do Parque Verde do Mondego vão ser requalificados e ampliados, através da construção de quatro novos módulos na cobertura, estando também prevista a instalação de esplanadas junto a esses módulos.

O projeto da ampliação foi elaborado pelo ateliê do arquiteto Camilo Cortesão, pelo valor de 35 000,00 euros.

Esta solução irá beneficiar os futuros concessionários,que terão agora mais espaço, uma vez que passam a funcionar no rés do chão e 1º andar. Além disso, está prevista uma nova configuração de 4+1 estabelecimentos, ao invés da anterior que funcionava em 3+1 (3 bares/restaurantes mais uma gelataria).

A CMC avança, assim, finalmente com a construção de quatro módulos idênticos no piso superior, um por cada um dos 4 espaços concessionáveis de maior dimensão (onde funcionou a gelataria não terá piso superior), adossados à traseira do edifício e ocupando parte do terraço existente.

Os quatro volumes a construir vão ter escadas de ligação entre os pisos, com um novo acesso de público ao piso térreo, onde cada uma das 4 concessões passará a dispor de instalações sanitárias.

As cozinhas serão recolocadas no piso superior, mantendo uma simples copa de apoio, arrecadação e compartimento de lixos no piso térreo.Ao mesmo tempo, as casas de banho públicas existentes vão ser recuperadas.

Cada módulo do piso superior compreende uma nova área envidraçada, a referida cozinha principal de serviço a ambos os pisos, com apoio de monta-cargas e espaços de esplanada.

A solução de caixilharia proposta para este piso garante a abertura total dos vãos nas laterais de ligação às esplanadas, possibilitando que a sala possa ser um prolongamento coberto desses espaços exteriores.

Relativamente ao lado poente, os pavimentos existentes serão alvo de recuperação e/ou reposição.

PARQUE VERDE

Recordamos que em junho de 2106,  o Executivo Municipal de Coimbra procedeu à cessação do alvará do Complexo Verde do Mondego – Actividades Hoteleiras, ACE, a entidade que explorava os bares e restaurante das denominadas “Docas”, estabelecimentos que encerraram definitivamente durante as cheias de janeiro desse ano.

O incumprimento voluntário das condições a que o concessionário se obrigou aquando da adjudicação no inicio do século “está a conduzir à visível degradação e vandalismo dos estabelecimentos e, de toda a zona cuja limpeza e manutenção compete aquele” foram algumas das causas invocadas pelos serviços da autarquia para “despachar” o Agupamento Complementar de Empresas, que por essa altura era detido por uma família.

A CMC alegou ainda qu há mais de três meses que o concessionário não cumpria um conjunto de obrigações, sem que tenha invocado qualquer causa que lhe permita suspender a exploração.

Entre as obrigações incumpridas, avulta, desde logo, segundo a CMC, o não funcionamento de cada um dos quatro estabelecimentos.

Acresce ainda a manutenção e limpeza dos espaços verdes e casas de banho, a vigilância dos espaços verdes e dos estabelecimentos e o pagamento do valor mensal ao Município.

A Câmara adiantava que “o incumprimento das condições a que o adjudicatário voluntariamente se vinculou tem conduzido à visível degradação dos estabelecimentos, que inclusivamente já foram alvo de vandalismo”.

A degradação interior e exterior é total. Os espaços continuam cheios de entulho. O chão da esplanada está todo esburacado.

Os serviços municipais assinalavam que esta situação coloca em causa a imagem de Coimbra, tendo em conta que se trata de uma área frequentada, diariamente, por centenas de pessoas, desde munícipes a turistas.

parque verde 1

Lembramos que no primeiro dia da primeira inundação, em 11 de Janeiro de 2016, já se encontravam encerrados 3 dos 4 espaços.

O Bar The Lab – Bar do Rio tinha avisos indicando que se encontra encerrado desde 1 de outubro, por “estar a aguardar certificado de segurança da responsabilidade da Câmara Municipal de Coimbra”.

A folha colada na montra do restaurante A Portuguesa referia que estava fechado desde 1 de novembro, porque “aguarda obras de impermeabilização da placa da responsabilidade da Câmara Municipal de Coimbra”.

O papel no vidro da geladaria indicava que se encontrava encerrada para férias.

No The Irish, o espaço que ia tendo mais clientela, não era visível qualquer dístico deste tipo, sendo o único que se encontrava aberto quando foi inundado em janeiro.

PARQUE VERDE

Um relatório da fiscalização municipal detectou várias anomalias nos espaços de restauração, nomeadamente no Restaurante A Portuguesa e no Bar do Rio, que estão fechados desde o último trimestre de 2015, meses antes das 2 inundações registadas no primeiro trimestre de 2016.

Após a inundação, os técnicos da autarquia concluíram ainda que a cota de cheia registada está dentro do que está previsto no caderno de encargos.

O gerente do Complexo Verde do Mondego, Actividade Hoteleiras, Agrupamento Complementar de Empresas tem alegado que “desde as cheias de 2014 que nenhuma seguradora aceita fazer seguros contra cheias” devido ao “excesso de sinistralidade”.

O Presidente da Câmara Municipal  de Coimbra tem vindo a desmentir o empresário, garantido que este só não tem seguro porque não quer pagar a quem lho faça.

Manuel Machado reiterou que o concessionário está obrigado a ter seguro para cobrir os prejuízos causados por inundações até um metro e meio. Acrescentou ainda que o concessionário tinha rendas em atraso.

Sem especificar o que perdeu, o empresário disse que “As cheias que ocorreram em Coimbra no dia 11 e 12 de janeiro provocaram prejuízos de 2,5 milhões a três milhões de euros no complexo do Parque Verde”.

Manuel Machado, que já deve estar arrependido de em meados de 2015 ter prorrogado a concessão por mais 5 anos nas condições em que o fez e que nunca explicou, disse, já depois das cheias e pelo menos duas vezes,  que os empresários estavam “a fazer show-off” quando na altura da cheia nem sequer retiraram os chapéus da esplanada.

Para além do pagamento das rendas, os empresários estavam obrigados a assegurar a limpeza, manutenção e segurança de todo o Parque Verde.

parque verde 3

 

Notícias de Coimbra procurou durante anos ter acesso ao acordo celebrado entre o Munícipio de Coimbra e o Complexo Verde do Mondego, ACE (que foi mudando a sua composição ao longo de uma década), mas os anteriores executivos do PSD/CDS e do PS nunca responderam aos nossos requerimentos, privando o público de conhecer o que foi combinado quando os sociais democratas mandavam em Coimbra.

Na altura do encerramento, a autarquia afirmou que pretendia que os estabelecimentos voltassem a funcionar o mais rápido possível, dando a entender que isso ainda será possível durante o verão de 2016, o que não aconteceu nesse ano, nem em 2017, sendo expectável que aconteça no segundo semestre de 2018.

As instalações sanitárias comuns aos estabelecimentos e ao parque Verde estiveram encerradas durante uma temporada, tendo sido reabertas pela autarquia.

urso

O concurso para a concessão dos espaços já foi autorizado pela Assembleia Municipal de Coimbra.

Nesse dia foi dito que o procedimento concursal só será aberto pela Câmara Municipal de Coimbra após a conclusão das obras..

Recordamos que o município presidido por Manuel Machado admite concessionar os quatro espaços em conjunto ou individualmente no sentido de suscitar uma maior concorrência entre os vários interessados, através de concurso público ou entrega direta.

O restaurante Itália, que deverá sair do Parque Manuel Braga, por causa da requalificação desse jardim, pode, se assim o desejar, deslocalizar-se para  o Parque Verde, admitiu o líder da autarquia conimbricense.

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