O tribunal condenou a Impalagest, empresa de Jacques Rodrigues, o “barão da imprensa cor-de-rosa”, dono das revistas Nova Gente e Maria, a pagar 803 mil euros a um ex-trabalhador.
O funcionário foi despedido em 2019 e moveu um processo contra esta empresa. O tribunal deu-lhe razão e Impalagest foi condenada a pagar-lhe créditos laborais (salários, subsídios de férias e de Natal, indemnização e outras compensações) que tinha direito a receber desde essa altura e até à data da sentença, de acordo com o Correio da Manhã.
Foi ordenado ainda o arresto do edifício da sede da Impala, em Sintra, como garantia do pagamento. Este aviso impede, por exemplo, a venda ou arrendamento do imóvel enquanto não é cumprida a decisão judicial, que pode sempre ser alvo de recurso pela outra parte.
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O jornal contactou na quarta-feira, 17 de janeiro, Isabel Candeias, advogada que representa a Impalagest neste processo, que afirmou que: “Ainda não fomos notificados da decisão. E só depois de conhecer os fundamentos da decisão é que poderemos intervir e recorrer da mesma.”
Jacques Rodrigues está a ser investigado pelo Ministério Público no âmbito de um processo em que é suspeito de uma fraude de 100 milhões de euros.
O empresário, de 83 anos, fez fortuna, mas deixou um rasto de dívidas. Cerca de 300 credores, entre os quais o Estado e 200 ex-trabalhadores, reclamam mais de 60 milhões de euros. É suspeito da prática dos crimes de insolvência dolosa, burla qualificada e falsificação de documento. A investigação ao dono da Impala está avançada.
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